Ullisses Campbell conquista o topo da lista de mais vendidos com livro sobre bastidores de Tremembé
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| Foto: Divulgação |
Publicada pela Matrix Editora, obra
revela rotina, regras e códigos de convivência de um dos complexos prisionais
mais conhecido do Brasil
Conhecido como “a
prisão das estrelas”, o Complexo Penitenciário de Tremembé tem entre seus
detentos atuais ou outros que cumpriram pena figuras como Suzane von
Richthofen, Robinho, Alexandre Nardoni, Anna Carolina Jatobá e Lindemberg Alves
– pessoas que ocuparam as manchetes policiais e dividem ou dividiram cela com
anônimos condenados por crimes tão ou mais brutais.
Agora, em Tremembé
- o presídio dos famosos, o jornalista Ullisses Campbell adentra
a realidade daqueles muros para revelar a rotina, os códigos de convivência e a
dinâmica do local. A obra, publicada pela Matrix Editora,
já integra as listas dos livros mais lidos no país, ocupando o 1º lugar na
categoria "Não Ficção" do ranking divulgado pela revista VEJA e a 1ª
posição na categoria "Crimes Reais, Biografias e Memórias" da
Amazon.
Ao longo das
páginas, o escritor best-seller de livros true
crime apresenta não apenas a vida de célebres criminosos, mas o
cotidiano curioso dos detentos. A exemplo de Gil Rugai, condenado por homicídio
duplamente qualificado e estelionato, que na prisão idealizou o “Café
Literário”, um encontro semanal para discutir clássicos como Crime e Castigo;
ou Luiza Motta, sentenciada por atropelar e matar um homem enquanto dirigia
embriagada, que se tornou a “médium-chefe” nas reuniões da “cela dos
espíritos”, onde as presas buscavam reconciliação com as vítimas em sessões
espíritas.
Na ala
masculina, assassinos enfrentam estupradores em campeonatos de futebol.
Na feminina, as detentas desfilam em concursos de beleza para
eleger a Miss Tremembé, numa tentativa desesperada de resgatar
algum fiapo de autoestima sob o peso da condenação.
(Tremembé - o presídio dos famosos, p. 16)
Campbell também
mostra a desigualdade social como um espelho do que acontece do lado de fora do
complexo localizado no Vale da Paraíba. Enquanto presos pobres lavam roupas,
limpam celas e cozinham para os mais ricos em troca de pequenas quantias, as
figuras do “alto escalão”, como Luiz Estevão (o preso de R$ 30 bilhões), mantêm
a influência para garantir privilégios e conforto, contrastando com a realidade
da maioria.
Ao mesmo tempo,
o autor apresenta a outra face dos condenados, revelando que nem todos se encaixam
na imagem de “monstros” cristalizada pelo senso comum. Entre eles, há pessoas
que perderam o rumo por segundos de imprudência, por transtornos mentais
negligenciados ou por explosões de emoção. Histórias como do procurador Matheus
Carneiro Assunção, que sofreu um surto psicótico antes de esfaquear uma juíza
e, mais tarde, tirou a própria vida, evidenciam a fragilidade e a tragédia de
certos caminhos.
Resultado de
dois anos de investigação, que incluem dezenas de visitas às cinco unidades do
complexo, entrevistas com encarcerados, observação das interações e análise de
documentos, Tremembé - o presídio dos famosos relembra
a tradição do jornalismo literário a la Truman Capote. Com
narrativa envolvente, o livro antecede a série homônima, também roteirizada
por Ullisses Campbell, e conta com detalhes inéditos
sobre as regras, os conflitos, as alianças e o cotidiano atrás das grades.
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