Por que estamos tão cansados? Psicólogo denuncia a cultura da exaustão em novo livro
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| Foto: Divulgação |
Especialista em saúde mental, Lucas
Freire expõe os perigos da produtividade 24/7, mostra como identificar as
prisões neurológicas e apresenta o poder transformador da ludicidade
Com mais de 470
mil brasileiros afastados do trabalho por transtornos mentais somente em 2024,
a busca por alternativas que promovam leveza e significado se tornou urgente. É
nesse contexto no qual a exaustão deixou de ser exceção e se tornou a
regra que o psicólogo Lucas Freire, referência nacional
na ciência do Playfulness, publica Exaustos: Imaginando saídas
para o cansaço diário, lançamento da Buzz Editora.
Logo nas
primeiras páginas, Freire dá nome a um mal compartilhado socialmente: a exaustão
crônica. Segundo o especialista que soma mais de 20 anos de experiência na área
de saúde mental, as pessoas estão inseridas em uma sociedade acelerada. “A
lentidão é confundida com ineficiência, o tempo tornou-se fardo e a
multitarefa, falsamente celebrada como virtude, se mostra uma ilusão perigosa,
que compromete o bem-estar”, declara.
Com olhar
clínico e crítico, o autor revela que a exaustão atinge hoje uma camada
neurológica. Ao nomear essa condição de “neuroprisão”, Freire explica que a
mente humana é alvejada por estímulos incessantes, inclusive pelo
neuromarketing, ciência projetada para manipular desejos no inconsciente. Nessa
circunstância, o tempo livre se transforma em mercadoria e o Playfulness, ou
“espírito lúdico”, representado pelos momentos de curiosidade e espontaneidade,
acaba sendo ignorado.
Ele aponta a
dependência digital, o vício em “scrolling”, o medo de perder algo (FOMO, na
sigla em inglês), a dopagem química em busca de performance, o consumo para
produzir conteúdo e a cultura da imagem como exemplos dos cativeiros
neurológicos amplamente inseridos na rotina de crianças, jovens e
adultos.
Mais do que
diagnosticar uma coletividade exausta, Lucas Freire indica caminhos que servem
como antídoto para a situação. Inspirado em pesquisas de neurociência e no
amplo trabalho na área, o autor detalha a importância de resgatar o Playfulness
como uma habilidade para enfrentar desafios com leveza e resiliência. Conforme
defende o psicólogo, o “Play” ativa mais circuitos cerebrais que qualquer outro
comportamento, promove neuroplasticidade e estimula a imaginação.
Entendido não
somente como brincar, o Playfulness representa o estado de engajamento livre,
criativo e prazeroso. Para favorecer a aplicação do conceito no dia a dia,
Freire descreve os tipos de personalidades lúdicas, apresenta um framework com
12 dimensões universais do “play humano” e propõe os sete princípios do
conceito. Com exercícios práticos, como a Auditoria de 24 horas, o Detox de
Notificação, o Autodiagnóstico de Neuroprisões e um Plano de Ação Playfulness
de 90 dias, o autor oferece ferramentas para transformar reflexão em
resultados.
Exaustos é mais do que um diagnóstico social, é um manifesto
pela leveza. Uma leitura essencial para todos que se sentem cansados de correr,
produzir, performar e tentar acompanhar a avalanche diária de informações. A
obra oferece um caminho revolucionário para reencontrar vitalidade, liberdade e
sentido, mostrando a imaginação lúdica como uma poderosa ferramenta de
cura.
Ficha
técnica
Título: Exaustos: Imaginando saídas para o cansaço
diário
Autoria: Lucas Freire
Editora: Buzz Editora
ISBN (impresso): 978-65-5393-503-7
ISBN (e-book): 978-65-5393-504-4
Páginas: 208
Preços: 69,90 (impresso) e 49,90 (e-book)
Onde encontrar: Amazon

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