ESTRELADO POR VERA HOLTZ, FICÇÕES RETORNA A BRASÍLIA PARA APRESENTAÇÕES EM OUTUBRO DE 2025
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| Foto: Alê Catan |
Inspirado no best seller
‘Sapiens’, de Yuval Noah Harari, o premiado espetáculo já foi visto por mais
de 150 mil espectadores em temporadas no Brasil e em
Portugal
Depois de quase três anos de uma premiada
trajetória – com temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo e
turnês lotadas pelo Brasil e por Portugal –, o espetáculo Ficções,
estrelado por Vera Holtz, retorna a Brasília, de 2
a 5 de outubro, no Teatro Royal Tulip, comemorando mais
de 350 apresentações e 150 mil espectadores desde
a estreia. A peça recebeu 22 indicações e ganhou os prêmios Shell e APTR de
melhor atriz para Vera Holtz e APTR de melhor
música para Federico Puppi. Idealizado pelo produtor Felipe
Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella, Ficções teve
como ponto de partida o livro Sapiens – uma breve história da
humanidade, do professor e filósofo Yuval Noah Harari, que
vendeu mais de 23 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
Publicado em 2014, o
livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras
espécies é sua capacidade de inventar, de criar ficções, de imaginar coisas
coletivamente e, com isso, tornar possível a cooperação de milhões de pessoas –
o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis,
religiões, sistemas políticos, empresas etc. Mas também o fato de que, apesar
de sermos mais poderosos que nossos ancestrais, não somos mais felizes que
esses. Partindo dessa premissa, o livro indaga: estamos usando nossa
característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente,
uma vida melhor?
“É um livro que permite uma centena de reflexões
a partir do momento em que nós pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga
com todo mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele.”,
analisa Felipe H. Lima, que comprou os direitos para adaptar o
livro para o teatro em 2019.
Instigado pelas questões trazidas pelo livro e
pela inevitável analogia com as artes cênicas – por sua capacidade de criar
mundos e narrativas – o encenador Rodrigo Portella criou um
jogo teatral em que a todo momento o espectador é lembrado sobre a ficção ali
encenada: “Um dos principais objetivos é
explorar o sentido de ficção em diversas direções, conectando as realidades
criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral”, resume.
Quando foi chamado para escrever e
dirigir, Rodrigo imaginou que iria pegar pedaços do livro para
transformar em um espetáculo: “Ao começar a ler, entendi que não era isso. Era
preciso construir uma dramaturgia original a partir das premissas do Harari que
seriam interessantes para a espetáculo. Em nenhum momento, no entanto, a gente
quer dar conta do livro na peça. Na verdade, é um diálogo que a gente está
estabelecendo com a obra”, enfatiza. A estrutura narrativa foi outro ponto determinante no
propósito do espetáculo: “Eu queria fazer uma peça que fosse espatifada, não é
aquela montagem que é uma história, que pega na mão do espectador e o leva no
caminho da fábula. Quis ir por um caminho onde o espectador é convidado,
provocado a construir essa peça com a gente. É uma espécie de jam
session. É uma performance em construção, Vera e Federico brincam
com tudo, com os cenários, tem uma coisa meio in progress”,
descreve.
Para a empreitada, Rodrigo contou
com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda, Milla
Fernandez e Miwa Yanagizawa: “Mesmo sem colaborar
diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação, foram
conversas que me ajudaram a alinhar a direção, o caminho que daria para o
espetáculo”, conta.
Vera Holtz se desdobra em personagens da
obra literária e em outras criadas por Rodrigo, canta, improvisa,
“conversa” com Harari, brinca e instiga a plateia, interage com o músico Federico
Puppi – autor e performer da trilha sonora original, com quem divide o
palco. Em outros momentos, encarna a narradora, às vezes é a própria atriz
falando. “Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e
descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia”, destaca Vera. “O
desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o
espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada”,
completa. Rodrigo concorda: “É um espetáculo íntimo, quem for
lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito
direta com o espectador”.
SINOPSE
A partir do best-seller “Sapiens”, do escritor
israelense Yuval Harari, Ficções fala da capacidade
humana de criar e acreditar em ficções: deuses, dinheiro, nações... O que foi
ou não inventado? Mas, apesar dessa habilidade inédita e revolucionária
que alçou nossa espécie à condição de "donos" do planeta,
seguimos inseguros e sem saber para onde ir. Você está satisfeito?
SERVIÇO
Temporada | de 2 a 5 de outubro de 2025
Horário | quinta a sábado, às 20h, e domingos, às 18h
Local | Teatro
Royal Tulip
Endereço | SHTN Trecho 1 Conjunto 1 B – Bloco C
Tel | 61
3424-7018
Capacidade | 420 poltronas e 80 cadeiras extras
Ingressos | a partir de R$25
Classificação indicativa | 12 anos
Duração | 80min
Vendas antecipadas | Belini 113 Sul sem taxas ou no Sympla:
https://bileto.sympla.com.br/
Observações: recomendável ir de táxi ou Uber. Não é permitida a
entrada após o início do espetáculo. O teatro não faz trocas.
A temporada está inserida na programação do
projeto Circuito do Teatro Brasília, da DECA Produções, com patrocínio da
Brasal e Ministério da Cultura

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