Exposição gratuita “Constituinte do Brasil Possível” chega a Brasília com novos artistas e obra de Abdias Nascimento
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| Foto: Divulgação |
Após o sucesso no Rio de Janeiro, a mostra será realizada no
Conselho Nacional de Justiça, de 6 de agosto a 26 de setembro
Após reunir
mais de 30 mil visitantes no Rio de Janeiro, a exposição “Constituinte do
Brasil Possível” inaugura em agosto uma nova edição em Brasília, no Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), com entrada gratuita. A mostra propõe um exercício
de imaginação radical: como seria o Brasil se a Constituição tivesse contado
com uma participação equitativa da população negra em sua construção? Nesta
nova etapa, além dos 18 artistas negros que participaram da mostra no Centro
Cultural Correios, no Rio, a edição no Distrito Federal apresenta quatro novos
nomes convidados. Entre eles, Abdias Nascimento, uma das maiores referências da
cultura afro-brasileira, com a obra "Xangô Rei" (1998).
Completam o
grupo de novos artistas a ceilandense Pamella Wyla, com o quadro Tatara
Nenê criou raiz (2024); o goianesiense Talles Lopes, autor da
instalação Carne Seca (2023); e o também goiano Dalton Paula,
referência da arte contemporânea e idealizador do projeto Sertão Negro, com a
fotografia Nilo Peçanha. As obras integram um conjunto que convida o
público a refletir e imaginar, por meio de múltiplas linguagens artísticas,
novos futuros e possíveis presentes.
Na edição carioca, cerca de 650
estudantes e educadores da rede pública municipal participaram da exposição por
meio de visitas mediadas. Idealizada pela diretora e curadora Mariana Luiza,
à mostra parte da ideia de que não se trata de uma utopia. “Ela nos abre a
possibilidade de resgatar projetos políticos negros como a Constituição do
Haiti, do Império do Mali ou a Marcha das Mulheres Negras de 2015, que apontam
para um 'Brasil possível', onde o bem viver seria uma realidade, permitindo uma
existência plena, com relações equilibradas entre as pessoas e com a natureza”,
afirma Mariana. A curadoria é coletiva e conta ainda com as professoras Ana
Flávia Magalhães Pinto (UnB), Thula Pires (PUC-Rio) e o arquivista e mestre em
Museologia e Patrimônio, Yago Lima.
Em Brasília,
a exposição chega ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) viabilizada pelo
Programa Justiça Plural, iniciativa de cooperação internacional entre o CNJ e o
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Conta com o apoio da
secretária-geral do Conselho, Dra. Adriana Cruz, e da juíza auxiliar da
Presidência do CNJ, Dra. Karen Luise, que também é embaixadora da mostra. A em
parceria com o A mostra acontece de 6 de agosto a 26 de setembro, das 11h às
19h, e o agendamento para visitas mediadas e de grupos pode ser feito por meio
do link. O espaço também está aberto para
receber o público de forma espontânea. O local conta com recursos de
acessibilidade, como audiodescrição, monitores bilíngues (Português e Libras e
Inglês e Espanhol) e estrutura com acessibilidade arquitetônica.

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