Bando Matilha Capoeira circula com espetáculo teatral
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| Foto: WEBERTDACRUZ |
No mês da Consciência Negra, o grupo se
apresenta com
o Bê-a-Bá do Berimbau em escolas
públicas do Gama.
O Bando Matilha Capoeira realiza uma série de apresentações de seu tradicional espetáculo
teatral, o Bê-a-Bá do Berimbau. Até 25/11, o grupo atua em 7 escolas
públicas do Gama, com 14 apresentações. Além do espetáculo, presenteia os
alunos de 10 centros educacionais locais com 5 mil exemplares do cordel Avá,
Kalú e o Bando protetor do Cerrado.
A obra conta a história de duas crianças, Avá, curumim indígena e Kalú,
quilombola: “Viviam no belo Cerrado / Felizes, duas crianças / E as suas
comunidades / Firmavam boas alianças / Indígenas, Quilombolas / Que de vida são
escolas”. Com textos como esse, ressaltam referências de culturas ancestrais,
tratando temas como respeito à diversidade e cuidado com o meio-ambiente. A
exaltação do Cerrado como bioma essencial para manutenção do equilíbrio
ambiental e o olhar para a Capoeira como firmamento da identidade brasileira
constituem a base da proposta.
A circulação acontece na cidade sede do Bando, durante um dos períodos
mais importantes do ano, o mês da Consciência Negra. Com o propósito de trazer
à infância a necessidade de conscientizar-se e debater os diversos temas
relacionados à negritude, Thalisson Marinho (Professor Tá Ligado), líder do
Matilha, propõe essa formação lúdica. O capoeirista revela um pouco sobre o
foco do projeto: “um dos objetivos da circulação é contribuir para o definido
pela Lei 10.639, ou seja oferecer cultura e educação às crianças da rede de ensino
público. Essa contribuição acontece por meio da capoeira e de outras tradições
populares que trabalhamos em conjunto. Também pretendemos propiciar que essas
escolas tornem-se novos pólos de difusão, por meio dos treinamentos e obras
artísticas realizadas pelo Bando. Nesta edição do projeto, também conseguimos
alcançar outro objetivo, atuar em escolas rurais e de ensino especiais,
ampliando a perspectiva de acessibilidade do projeto”.
Em razão dos riscos ainda oferecidos pela pandemia, a programação fica
restrita a alunas e alunos das escolas, entretanto, um videoclipe com o
resultado do projeto será lançado após a circulação. Desse modo, o grande
público poderá apreciar as virtudes desse necessário trabalho.
A realização fica por conta da própria equipe do Matilha, com fomento da
Secretaria de Cultura do DF pelo Fundo de Apoio à Cultura e pela Lei Aldir
Blanc. O projeto conta com a parceria do Instituto Rosa dos Ventos, que sempre trabalha com manifestações tradicionais e de matrizes
afrodescendentes. Sua presidente, Stéffanie Oliveira, destaca a importância da
contribuição: “apoiar esse trabalho como esse é plantar uma semente para ser
colhida em um futuro muito breve. Nossos pequenos já são pessoas absolutamente
capazes de transformar sua realidade hoje, seja brincando capoeira, seja
recitando um cordel, seja reconhecendo nossa negritude”.
Os ensaios e treinamentos do Bando ocorrem há 10 anos no Centro
Educacional 06 do Gama, onde foi concebido o espetáculo, que é composto por 8
integrantes, dos quais 6 foram graduados no Primeiro Batizado do Bando Matilha
Capoeira. A obra viaja pelos diversos ensinamentos e manifestações vinculadas à
capoeira, como a puxada de rede, a dança do fogo e o maculelê.
Outra unidade educacional da cidade, a Escola Classe Córrego Barreiro, na Zona Rural, tem Eliane como diretora. Ela relata como vê a circulação pelas escolas: “despertar nos estudantes o respeito pela diversidade é parte do nosso projeto político pedagógico. Um projeto assim está em total acordo com nosso trabalho”.
Serviço: Circulação do Bê-a-Bá do Berimbau
Datas e locais confirmados:
·
04/11- Escola Classe Córrego Barreiro;
·
08/11 - Centro de Ensino infantil 01 do
gama
·
11/11- Escola Classe 28 do Gama;
·
18/11- Centro de Ensino Especial 01 do
Gama;
·
23/11- Centro de Ensino Fundamental
Tamanduá;
·
25/11- Centro Educacional 06 do Gama.
Rede social: https://www.instagram.com/bandomatilha/

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