CHAPLIN CCBB Brasília apresenta grande retrospectiva do maior ícone do cinema
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| Foto: Divulgação |
A mostra mais
esperada do ano traz cerca de 80 filmes do genial Charles Chaplin,
de 12 de julho a 3 de agosto. Evento promove sessões inclusivas, debate e um
curso.
O público de Brasília se prepara
para receber uma das mais importantes e imperdíveis mostras de cinema do ano.
De 12 de julho a 3 de agosto, o Centro Cultural Banco do Brasil
Brasília (CCBB Brasília) será palco da mostra Chaplin,
retrospectiva histórica e completa da obra de Charles Chaplin, o
mais popular ícone do cinema mundial. A programação inclui cerca de 80
filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, além de sessão
inclusiva, curso gratuito e debate com
especialistas. Os ingressos (a preços populares) custam R$ 10 e R$ 5.
Poucos artistas conseguiram
atravessar o tempo e tocar tantas gerações quanto Charles Chaplin. Seus filmes
seguem encantando crianças, jovens e adultos — todos juntos, lado a lado,
rindo, se emocionando e reconhecendo algo de si nas cenas de Carlitos.
É esse espírito de encontro, leveza e afeto que dá o tom da mostra. Já neste
primeiro fim de semana, dias 12 e 13/07, o convite é para curtir sessões
ao ar livre nos jardins do CCBB Brasília. A programação inclui curtas do
icônico personagem e os clássicos Tempos Modernos (1936) e Luzes
da Cidade (1931) — para ver (ou rever) sob o céu de Brasília, como nos
antigos cinemas de rua. As sessões ao ar livre terão entrada franca.
Figura central da cultura do
século XX, Chaplin imortalizou o personagem Carlitos – o vagabundo
de coração nobre e passos desajeitados, que conquistou gerações e atravessou
fronteiras, com sua crítica social embalada pelo humor. A mostra é uma rara
oportunidade de ver e rever toda a genialidade do artista inglês que foi ator,
diretor, produtor, roteirista e compositor, e que contribuiu imensamente para a
formação da linguagem do cinema em seus primórdios.
Experiência nostálgica - Entre os destaques da programação, além dos já
mencionados, estão obras-primas que resistiram à chegada do som com lirismo e
crítica social, e de clássicos falados, como O Grande Ditador (1940),
sátira corajosa ao nazismo, e Luzes da Ribalta (1952), em que
Chaplin divide a cena com Buster Keaton (outro comediante genial da era muda)
em um emocionante reencontro com o vaudeville (teatro popular de variedades).
Os cinéfilos terão acesso também aos curtas dos estúdios Keystone, Essanay e
Mutual, onde nasceu o célebre Carlitos, que viria a emocionar o mundo. Alguns
títulos, cerca de 20, serão exibidos em película (16mm), o que
garante charme extra ao evento e oferece ao público uma experiência
cinematográfica próxima à original.
Atividades formativas - A mostra conta com diversas atividades,
além da exibição de filmes. Será promovido um curso gratuito de três
dias sobre a herança cultural de Chaplin, ministrado pelo renomado
professor Ciro I. Marcondes, da Universidade Católica de Brasília. Além disso,
será promovido um debate com professores e especialistas que
discutirão a relevância da obra chapliniana no mundo contemporâneo. Essa
atividade terá a participação das professoras Tania Montoro, do curso de
Audiovisual da UnB, e Miriam Silvestre, doutora e mestre pela mesma
instituição, que discutirão a relevância de Chaplin no mundo contemporâneo. A
mediação ficará por conta do curador da mostra, José de Aguiar. Além disso,
será lançado durante a mostra um extenso catálogo com artigos inéditos no
Brasil.
Chaplin Inclusivo – Para ampliar público e democratizar o acesso à obra do
diretor, estão programadas sessões inclusivas: uma com tradução em Libras,
audiodescrição e legendagem descritiva, a Sessão Atípica – devidamente
adaptada, com luz e som adequados, garantindo conforto sensorial e
acessibilidade –, e uma sessão educativa, voltada para estudantes de escolas
públicas.
Charles Chaplin nasceu em Londres, em 1889, e teve uma infância
marcada por dificuldades. Com talento precoce, iniciou-se no teatro ainda
criança e tornou-se uma das primeiras grandes estrelas daquela que ficou
conhecida como a sétima arte. Sua carreira atravessou o cinema mudo e o falado,
unindo comédia e crítica social como poucos. Hoje, sua figura com chapéu-coco,
bengala e bigode segue inconfundível, símbolo de um cinema humanista e
universal.
Criador de clássicos atemporais,
Chaplin fundou seu próprio estúdio e lutou pela liberdade artística em uma
indústria em transformação. Foi perseguido politicamente nos Estados Unidos
durante o macarthismo e passou os últimos anos de sua vida na Suíça. Recebeu um
Oscar honorário em 1972, em uma das homenagens mais emocionantes da história da
premiação. No CCBB Brasília, Chaplin retorna à tela grande para lembrar por que
seu legado é eterno — e mais atual do que nunca.
Ficha Técnica
Curador:
José de Aguiar é diretor, produtor e diretor de arte de cinema e
TV há mais de 15 anos. Atua há 13 anos como curador e produtor de mostras e
festivais de cinema, nos principais centros culturais e cinemas brasileiros,
como Centro Cultural Banco do Brasil, Caixa Cultural, Cine Odeon, Cine
Brasilia, Cine SESC, Cinemateca do MAM, Cinemateca do Capitólio. Foi curador
das retrospectivas dos cineastas Frank Capra, Steven Spielberg, Martin
Scorsese, David Lean, Mel Brooks, Bertrand Blier e de mostras temáticas
como Surrealismo e Vanguardas e Estúdio Hammer.
Como produtor, realizou as retrospectivas dos cineastas Paul Thomas Anderson,
Abel Ferrara, Samuel Fuller, Barbara Hammer, Oscar Micheaux, Francis Ford
Coppola, Renoir, Cocteau, Antonioni, dentre outras. Produz o Dobra - Festival
Internacional de Cinema Experimental.
Professor do Curso:
Ciro Inácio Marcondes é professor, crítico e pesquisador nas áreas de
Histórias em Quadrinhos e Cinema. Leciona no curso de Comunicação e no Mestrado
Profissional Inovação em Comunicação e Economia Criativa da Universidade
Católica de Brasília. É Doutor em Comunicação e Mestre em Literatura pela
Universidade de Brasília, com estágio de doutorado-sanduíche em Paris
IV-Sorbonne. É o editor do site www.raiolaser.net, especializado em crítica de
Histórias em Quadrinhos, e do podcast Lasercast. Já ministrou
diversos cursos sobre cinema, comunicação e histórias em quadrinhos para
espaços como CCBB e Espaço Cult. Participou da comissão de seleção e júri de
festivais e mostras, como Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Curta
Brasília e Lobo Fest. Em 2021, publicou o livro ZIP – Quadrinhos e
Cultura Pop (Editora Metrópoles) e realizou trabalho de pesquisa
pós-doutoral como professor visitante na Faculty of Modern and Medieval
Languages and Linguistics da Universidade de Cambridge. Em 2023, lançou seu
segundo livro, Mundo Míope (Editora Confraria do Vento), de
poemas.
Palestrantes do debate:
Tânia Montoro é doutora em cinema e audiovisual pela Universidad
Autônoma de Barcelona, com pós-doutorado pelo Deutsch Film Institute de
Amsterdã. Professora de cinema do quadro permanente da Unb por 30 anos, foi
curadora de festivais e mostra de cinema (FestBrasilia; Cinema Urbana; Festival
Internacional de Cinema de Trancoso. Participa de comitês de seleções de filmes
e de júris de premiação de festivais de cinema no Brasil e exterior.
Autora e coautora de dezenas de artigos sobre cinema e feminismo, cinema e
cidades, além de oito livros em audiovisualidades na cultura contemporânea.
Pesquisadora e consultora de organismos internacionais (Unifem, Unesco,
Unicef), é sócia acadêmica do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito
Federal.É cidadã honorária de Brasília pelo conjunto de sua obra em favor do
meio ambiente, cultura e artes.
Miriam Silvestre é Doutora e Mestre em História pela Universidade de
Brasília (UnB) com pesquisas voltadas para o estudo do cinema brasileiro.
Participou de debates em cineclubes sobre obras do cinema nacional, além de ter
ministrado cursos sobre a história de nossa cinematografia e do cinema mundial.
Professora da SEEDF (Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal),
atualmente leciona Sociologia no Centro de Ensino Médio Elefante Branco
(CEMEB). E, antes de tudo, uma apaixonada pelo cinema.
Sobre o CCBB Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB
Brasília) foi inaugurado em 12 de outubro de 2000. Sediado no Edifício Tancredo
Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, tem o objetivo de reunir, em
um só lugar, todas as formas de arte e criatividade
possíveis.
Com projeto paisagístico assinado por Alda
Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de convivência,
galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são
realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e
performances.
Além disso, oferece o Programa Educativo CCBB Brasília, projeto contínuo de
arte-educação, que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o
visitante da programação em cartaz, acolhendo o público espontâneo e,
especialmente, estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e
instituições, ao longo do ano, por meio de visitas mediadas agendadas.
Em 2022, o CCBB Brasília se tornou o terceiro
prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, cuja renovação
anual ratifica o compromisso da instituição com a gestão ambiental e a
sustentabilidade.
Serviço:
CHAPLIN
De 12 de julho a 3 de agosto de 2025.
Patrocínio: Banco do Brasil
Curadoria: José Aguiar
Produção: Firula Filmes
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Governo Federal
Local: Cinema do CCBB Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente
Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul – Brasília – DF
Informações: (61) 3108 7600
Capacidade do cinema: 70 lugares
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 – disponibilizados às
12h do dia anterior ao de cada sessão na bilheteria física ou em bb.com.br/cultura. As sessões ao ar livre têm
entrada franca.
Classificação indicativa: LIVRE
Os ingressos são válidos somente para as respectivas sessões

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