Fórum Nacional de Trabalhadores em Eventos
| Foto: Divulgação |
Mesas de debate reúnem o poder
público e sociedade civil em prol de melhores condições de trabalho para
profissionais de eventos
A eclosão da pandemia de Covid-19,
que paralisou por completo todo o setor de eventos em nível global, deixou
clara a condição precária à qual toda classe de profissionais técnicos e
técnicas se encontra. Sem, ao menos, poder recorrer às leis emergenciais por
comporem uma força de trabalho não regulamentada.
Em razão desta situação e de muitas
outras, a exemplo das más condições de trabalho, fez surgir, da união destes
profissionais, expressivas frentes de trabalho. Frentes estas, como o Coletivo
Backstage e o próprio LABFAZ, que vêm reivindicando visibilidade e direitos.
Neste sentido e com o objetivo de
sensibilizar as esferas pública e privada, realiza-se nos dias 14 e 15
de março o primeiro Fórum Nacional de Trabalhadores em Eventos.
Ainda em formato virtual e com a presença de representantes do legislativo,
executivo e judiciário, local e nacional, o evento será transmitido pelo
canal www.youtube/labfaz, no YouTube.
Também compõem as mesas,
representando a sociedade civil, entidades representativas, produtores e
fornecedores de serviços, sindicatos, órgãos de pesquisa e universidades. Entre
os temas que nortearão os debates, estão a regulamentação das atividades
profissionais dos trabalhadores em eventos; e o mapeamento e os indicadores do
setor.
Fruto do Fórum de
Trabalhadores em Eventos do DF, realizado em fevereiro deste ano,
“consolidamos propostas, compromissos locais e estabelecemos diretrizes, que
serão apresentadas em nível nacional, na oportunidade deste presente Fórum
Nacional”, informa Miguel Ribeiro, coordenador de conteúdo do LABFAZ.
Representando o Congresso Nacional,
participam do Fórum as Deputadas Federais Alice Portugal (PCdoB/BA), Érika
Kokay (PT/DF), Sâmia Bonfim (Psol/SP), Vivi
Reis (Psol/PA) e Lídice da Mata (PSB/BA), Jandira
Feghali (PCdoB/RJ), e os Deputados Federais Alexandre Padilha (PT/SP), Reginaldo
Lopes (Líder do PT na Câmara), Israel Batista (PV/DF),
e José Nobre Guimarães (PT/CE), e o Senador Paulo
Rocha (Líder do PT no Senado)
Também integram o evento nomes
como Ricardo Berzoini (ex-Ministro do Trabalho e ex-Presidente
do Sindicato dos Bancários de São Paulo), Regis Torres (ex-Presidente
do Sated), Sônia Santana (Presidenta do Sindcine), Ricardo
Alexandria (Sinrad), Victor Sabbag e Adriano
Esturilho (Sated/PR), Jorge Mancha (Sindicato dos
Roadies da Bahia), Flávia Furtado (Diretora do Fórum
Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto), Fabrício Noronha (Fórum
dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura), Pedro
Vasconcelos, (Associação Brasileira de Municípios), Ana Castro (Presidenta
do Fórum Municipal de Secretários e Dirigentes de Cultura), Marcos
Apolo (Secretário de Economia Criativa/AM) e Marcio Tavares (Coordenação
Nacional da Lei Paulo Gustavo).
De entidades de pesquisa,
participam Fred Barbosa (IPEA - Instituto de Pesquisa em
Economia Aplicada), Leonardo Athia (IBGE - Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), Leonardo Hernandes (OPCULT/DF), Júlia
Salgado (OBEC/BA), e Neuriberg Dias (DIAP).
Para dar voz aos anseios do setor de
técnicas e técnicos em eventos, se farão presente Alê Capone (Coordenadora
do LABFAZ), Celso Ferreira e Cecília Lüzs (SOS
Técnica SP), Ric Peruchi (LABFAZ), Dandara de Lima (Presidenta
do Coletivo Backstage), Natasha Leite (Backstage Norte), Rafael
Bicudo, Heloisa Bulcão, Nadia Luciani, Rosani
Muniz, Renato Boleli e Luciana Bueno (Associação
Grafias de Cena Brasil), entre outras e outros agentes da economia
criativa.
Como resultado do Fórum, será
redigida a Carta de Brasília, a qual consolidará proposições de políticas
públicas, legislativas e comportamentais. Espera-se, portanto, “colocar o setor
em melhores condições de organização e com relações institucionais mais assertivas”,
detalha Alê Capone, coordenadora do LABFAZ. Nesta perspectiva,
“buscamos melhorar as condições de trabalho e remuneração, bem como estruturar
políticas para o Setor”, complementa.
O Fórum também pretende criar a Articulação Nacional de Trabalhadores em Eventos para acompanhar a implementação das decisões do primeiro Fórum pelo período de um ano, quando será realizado o próximo.
1º Fórum Nacional de Trabalhadores em Eventos
Ao vivo, dias 14 e 15 de março, através do canal www.youtube/labfaz
Programação:
14 de março
Manhã (das 10h às 12h): Mesa temática
com Deputados Federais e representantes da Sociedade Civil
Mesa 01 - Regulamentação das atividades
profissionais dos trabalhadores em eventos
EMENTA - Marco legal existente. Estudo
Legislativo sobre as atividades do backstage em todo o país. As iniciativas de
pesquisa e mapeamento existentes, as redes e coletivos que se organizam no país
em prol da regulamentação da profissão local e nacionalmente. Por uma
legislação específica para contratação dos profissionais do backstage em
atividades eventuais. Regulamentação de estágio supervisionado e remunerado em
eventos, shows e espetáculos (banco de horas, certificação etc.).
Técnica (DF e BRASIL) - Alteração do PL 6533-78 / Inclusão de Novas Profissões no Código Brasileiro de Ocupação
Tarde (das 14h às 17h): Grupo de trabalho
Noite (às 19h): Ato Nacional Unificado - Lei Aldir Blanc 2 (PL 1518/2021) e Lei Paulo Gustavo (PL 73/2021). “Como os recursos dessas Leis beneficiarão os e as trabalhadoras de eventos?”
15 de março
Manhã (das 10h às 12h): Mesa temática
com entidades de pesquisa, universidades e representantes da Sociedade Civil
Mesa 02 - Mapeamento e Indicadores dos
trabalhadores em Eventos.
EMENTA - Quem e quantos somos; onde e
como trabalhamos e como juntarmos esforços na perspectiva do mapeamento
nacional das atividades técnicas, a partir das iniciativas, redes e coletivos
locais e nacionais
Tarde (das 14h às 17h): Grupo de
trabalho
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