CEERT destaca avanços e a força coletiva após encontro antirracista e II Marcha das Mulheres Negras em Brasília
| Foto: Divulgação |
Debates aconteceram nesta semana e reuniram personalidades
de todo o país. Daniel Teixeira, diretor executivo da instituição, destaca
avanços
Brasília viveu dois
dias intensos de mobilização, debates e construção coletiva nesta semana, com a
realização do Diálogos Antirracistas CEERT 35 Anos – Região Centro-Oeste”, na
última segunda-feira (24), e a II Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem
Viver, que tomou a Esplanada dos Ministérios na terça-feira (25). Juntos, os
eventos reafirmaram o protagonismo das mulheres negras e reforçaram a urgência
de políticas públicas que enfrentem o racismo estrutural.
Diálogos
Antirracistas CEERT 35 Anos: A Luta das Mulheres Negras e o Bem Viver
O encontro
Diálogos Antirracistas, do CEERT foi realizado no Instituto Federal de Brasília
(IFB), na última segunda-feira (24), com mesas de debate, oficinas e atividades
culturais que discutiram educação antirracista, juventudes negras, políticas
públicas muito mais. A programação reuniu pesquisadoras, lideranças
comunitárias, educadoras e representantes de instituições públicas de toda a
região Centro-Oeste.
Para o diretor
executivo do CEERT, Daniel Bento Teixeira, o encontro foi fundamental para
preparar o terreno político e simbólico da marcha. “O que vimos no IFB foi a
potência de um Brasil que pensa, debate e constrói alternativas concretas para
superar desigualdades históricas. Esses espaços são fundamentais para
transformar conhecimento em ação coletiva”, comenta.
Luta antirracista
Já na terça-feira
(25), foi a vez de ir para as ruas. Fortalecendo o compromisso da organização
com a luta antirracista, o CEERT juntou-se a milhares de mulheres negras de
todas as regiões do país na Marcha das Mulheres Negras, defendendo o bem viver
— conceito que envolve acesso a direitos básicos, dignidade, segurança e
justiça — e políticas de reparação pelo legado da escravização e pelas
desigualdades estruturais que ainda impactam suas vidas.
A marcha também
pautou a defesa dos povos tradicionais, a preservação da biodiversidade
brasileira, a garantia de direitos fundamentais e um modelo econômico mais
justo e sustentável. Ao longo do percurso, faixas, tambores e reivindicações reforçaram
a força coletiva que há dez anos marcou a primeira edição da Marcha das
Mulheres Negras.
Para o CEERT, o
saldo dos dois dias é de fortalecimento das redes, ampliação dos diálogos e
reafirmação do compromisso com uma educação antirracista e com a luta por
equidade racial no país. “O Brasil precisa ouvir o que as mulheres negras têm a
dizer. E nós, como instituição, continuaremos trabalhando para que essas vozes
sigam ecoando nas políticas públicas, nas escolas, nas famílias e nas decisões
que moldam o futuro do país”, afirmou o diretor.
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