Intemperismos - Barro, fogo e arte
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| Foto: Isabel Se Oh |
Mostra
coletiva com cinco artistas visuais de Brasília, exibe peças escultóricas - em
cerâmica - que vão do inventivo ao engenhoso
Quando se fala em peças de
cerâmica de alta temperatura logo vem a imagem de utilitários, mas em
“Intemperismos - Barro, fogo e arte”, os artistas Débora Amorim, Emiliano
Nunes, Isabel Se Oh, Júlia Pinheiro e Rodrigo Machado mostram que a produção em
cerâmica pode ir além.
“Intemperismos - Barro, fogo
e arte”, com curadoria de Clauder Diniz, entra em cartaz na Galeria do Quanto
Café (CLN 103, Bloco A), dia 6 de janeiro de 2023, onde permanece até 15 de
fevereiro. Aberta de segunda a domingo, sempre das 8h às 21h, a exposição tem
entrada franca e classificação indicativa livre para todos os públicos.
Cunhado pelo curador, o nome
da mostra exprime a delicadeza da matéria utilizada pelos artistas para a
criação de suas obras. O barro, ou argila, é composto de micropartículas,
resultado da intempérie física das rochas, depositadas em leitos de rios ou
barrancos das margens. Destaca, ainda, o processo de queima, quando é levado à
alta temperatura para se tornar cerâmica, e ressalta a possibilidade de transformar
aquilo que um dia foi grão em arte.
“Ceramistas operam seu
universo onde o tempo é senhor. Dominam o barro, recolhem, sovam, exploram com
o tato as possibilidades, sovam mais e mais, controlam a argila que se esforça
para ser dona do seu destino, e a queima por horas, pacientemente entregues,
muitas vezes, ao acaso. É necessário dar acabamento, levar ao fogo novamente e
esperar esfriar”, observa Clauder.
É neste jogo de calma,
paciência e na intimidade de seus ateliês, que as e os artistas, reunidos nesta
mostra, exploram as múltiplas possibilidades do material para revelar potências
criativas, expressar sentimentos e provocar emoções, ao conceberem suas peças.
Uníssonos, no entanto, afirmam que a experimentação caminha lado a lado com a
pesquisa e o estudo, onde o objetivo é aprimorar os processos de criação.
Débora Amorim conecta-se com
o presente e busca ligação com suas divindades para criar as Máscaras
apresentadas na mostra. Já Emiliano Nunes, trabalha formas orgânicas para dar
vazão aos sentimentos e expressar o onírico mais que o real. Enquanto Rodrigo Machado
entrega-se à intuição e ao fluir criativo para construir obras provocativas.
Júlia Pinheiro deixa o
feminino à mostra em sua personagem, a Cordélia, que carrega algo de projeção e
identificação interna, sem obedecer a contornos padronizados. Partindo de
referências autobiográficas ou do que a atrai, Isabel Se Oh manifesta
lembranças, medos e saudades em peças onde a expressividade ganha corpo.
Sobre uma exposição de
cerâmica na qual o protagonismo está em apresentar ao público obras artísticas,
distintas das peças utilitárias comumente vistas, Isabel compartilha que
“trata-se de evidenciar todas as possibilidades plásticas e expressivas
dessa matéria, a argila”, e Júlia acrescenta que por ser “enriquecedor para o
campo artístico que a cerâmica esteja incluída também em exposições, pois
agrega ao trabalho um valor não costumeiramente atribuído a ela”.
A provocação para a
realização da mostra partiu de Rodrigo, porém, a produção se deu coletivamente,
com todos e todas executando tarefas. Para Débora “é uma alegria poder estar ao
lado de amigos e parceiros de trabalho nesta mostra”, ponto de vista
compartilhado por Rodrigo.
Serviço:
Exposição: Intemperismos -
Barro, fogo e arte
Curadoria: Clauder Diniz
Artistas: Débora Amorim, Emiliano
Nunes, Isabel Se Oh, Júlia Pinheiro e Rodrigo Machado
Local: Galeria do Quanto Café
Endereço: CLN 103, Bloco A, Loja
52, Asa Norte – Brasília
Temporada: de 6 de janeiro a 15
de fevereiro de 2023
Visitação: de segunda a domingo,
das 9h às 21h
Entrada franca e classificação
indicativa livre para todos os públicos
Informações: www.instagram.com/
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