Foto: Divulgação
Das demandas recebidas, mais de 800 foram queixas de
barulhos; especialista alerta sobre os perigos para audição.
Dados da Ouvidoria
do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) mostram que no primeiro semestre de
2021 houve o atendimento de 2.504 denúncias ao órgão, que é responsável por
executar políticas públicas ambientais e de recursos hídricos do Distrito
Federal. A pesquisa mostra que as maiores queixas foram direcionadas à
diretoria de Combate à Poluição Sonora da Superintendência de Monitoramento e Fiscalização
(Sufam) do Instituto. O setor atendeu cerca de 858 reclamações. Este número é
mais de um terço das manifestações e o meio mais utilizado para o registro foi
a internet. Segundo especialistas, o excesso de barulho pode trazer vários
danos para a audição. Gilvânia Barbosa,
fonoaudióloga e especialista em audiologia da clínica Microsom, ressalta que
exposição a ruídos por várias horas pode levar a vários fatores. “A pessoa fica
exposta ao nível de pressão sonora muito alta, ou seja, acima do recomendado
que é de 85 decibéis (dB), pode ter várias consequências na saúde desde a perda
auditiva, distúrbios do sono, estresse, cansaço, dores no corpo, dificuldade de
concentração. Então, as consequências da poluição sonora são muito além da
perda auditiva”, explica o especialista. A fonoaudióloga
alerta para os sintomas: "Ao notar zumbido, dificuldade para compreender a
fala, tonturas, dores de cabeça, alteração no sono, intolerância a sons e até
perda da capacidade de identificar origem de fontes sonoras é importante
procurar um profissional”. Barbosa ressalta
que, quando há percepção dos sinais da perda auditiva, é importante buscar
ajuda imediata de um profissional, pois, infelizmente, esse tipo de surdez pode
ser irreversível na maioria dos casos. “Por isso, pessoas que estão
expostas a ruídos sonoros diariamente precisam fazer o exame de
audiometria preventivamente para avaliar a audição”, afirma a especialista em
audiologia.
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