Artista plástico em Brasília, Manu Militão, expõe nova obra: Mãos Transparentes.

 

Foto: Max de Abreu

Com poucos convidados e seguindo todo protocolo relacionado a Covid-19, o artista expõe obras novas e antigas em sua casa.

Pelas mãos, o homem toca nosso planeta. Tantas vezes, por meio do toque, constrói e inspira. Algumas outras retiram os recursos da Terra mais do que ela consegue renovar. Neste mês de agosto, quando o mundo consome o volume de recursos que deveria servir a um ano inteiro, o artista visual, Manu Militão, lança sua nova obra: Mãos Transparentes, em momento intimista.

O artista plástico Manu Militão nasceu em Mossoró (RN) e tem 55 anos de idade. Ele é também artista visual, pedagogo, diretor de arte, cineasta e apresentador do webprograma de entrevistas No Sofá Amarelo, voltado para o incentivo à leitura.

Foto: Max de Abreu
Aceitei o convite e estive na sexta-feira (27), no período da noite, apreciando suas obras. Como tudo o que faz, Mão Militar traz mais do que uma intervenção estética. Ele também toca em questões sensíveis. Desta vez, estende as mãos e nos chama a refletir sobre a maneira insustentável como estamos vivendo.

Feitas em ferro e aço, vergalhões e arames descartados de obras de construção civil, as peças de ‘Mãos Transparentes’ ressaltam a importância em promover a sustentabilidade e o cuidado com o planeta. “Foi uma terapia fazer essas obras com arame, tudo muito bem colocado e pensado”, disse o artista.

Manu Militão. Foto: Max de Abreu


O valor simbólico das mãos é ressaltado na dureza e, ao mesmo tempo, na transparência revelada pela disposição de arames. A estrutura é soldada ponto a ponto, como se cada ponto representasse uma atitude necessária para fazer deste mundo um lugar melhor para se viver.

A primeira peça da série foi feita em grande escala. As demais terão dimensões reduzidas, numa proporção de 1,7 vezes o tamanho da mão do artista.


Foto: Max de Abreu

Essa proporção não é por acaso. De acordo com a ONU, a humanidade utiliza, anualmente, 1,7 vezes os recursos disponibilizados pelo planeta. “Temos que ser mais consciente com o nosso planeta, a obra fala muito disso”, enfatiza Manu.

‘Mãos Transparentes’ é, afinal, um abraço em nosso planeta, como se quiséssemos acolhê-lo e dizer: chegou a hora de cuidarmos de você tanto quanto você cuida da gente.


Foto: Max de Abreu

Foto: Max de Abreu
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