Brasília é a 7ª cidade do país com maior número de inadimplentes; saiba como renegociar dívidas tributárias federais
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| Foto: Divulgação |
Segundo dados do
Serasa, há 876.242 devedores na capital; especialista em direito tributário
João Carlos explica que novo acordo de renegociação especial de dívidas vai até
31 de agosto
No Distrito Federal, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência
do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio-DF, o número de famílias com
algum tipo de dívida na capital do país foi de 584.831 em 2020. Isso significa
que cerca de 58% dos lares brasilienses chegaram ao fim do ano no vermelho.
Dados do Serasa também apontam que Brasília é a 7ª cidade do país com
maior número de inadimplentes.
Ainda segundo a pesquisa, entre os endividados, 52,2% disseram estar
comprometidos com dívidas por mais de um ano. Já 12,3% afirmaram ter dívidas
entre seis meses e um ano. Outros 14,8% relataram estar com contas em atraso há
cerca de três meses.
Renegociação de dívidas com a União
Se você teve queda no faturamento por conta da pandemia em 2020 e não
conseguiu pagar os tributos federais, como Simples Nacional, PIS e Cofins, é
possível fazer a renegociação dessas dívidas como o governo federal até o
dia 31 de agosto. Os descontos variam de 30% a 50%.
O especialista em direito tributário João Carlos explica que tanto
dívidas aduaneiras e tributárias, em cobrança pela Receita Federal, quanto
débitos inscritos em dívida ativa, cobrados pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN), podem ser renegociados.
A expectativa do governo é que venham a aderir à proposta cerca de 10% a
20% dos contribuintes com disputa administrativa ou judicial. Ao longo de cinco
anos, o governo espera um reforço no caixa de R$ 700 milhões a R$ 1,4 bilhão,
dos quais de R$ 70 milhões a R$ 130 milhões deverão ser arrecadados neste ano.
"O acordo é válido para contribuintes que tenham processos em
julgamento por descumprimento da Lei nº 10.101, de 19 de
dezembro de 2000, que tratem sobre a incidência de contribuições
previdenciárias e destinadas a outras entidades e fundos incidentes sobre a
participação nos lucros e resultados (PLR), esse último, foco principal do
edital", explica o especialista.
De acordo com o Ministério da Economia, existem 109 processos no
contencioso administrativo, que, juntos, totalizam R$ 6,5 bilhões em dívidas.
Já no contencioso judicial, são 205 processos que totalizam R$ 6 bilhões.
O advogado João Carlos ressalta que são três as modalidades de
pagamento, de acordo com a opção do contribuinte:
1º - Pagamento de entrada no valor de 5% do valor total, sem reduções,
em até cinco parcelas, sendo o restante parcelado em sete meses, com redução de
50% do valor do montante principal, multa, juros e demais encargos;
2º - Pagamento de entrada
no valor de 5% do valor total, sem reduções, em até cinco parcelas, sendo o
restante parcelado em 31 meses, com redução de 40% do valor do montante
principal, multa, juros e demais encargos;
3º - Pagamento de entrada no valor de 5% do valor total, sem
reduções, em até cinco parcelas, sendo o restante parcelado em 55 meses, com
redução de 30% do valor do montante principal, multa, juros e demais encargos.
"Em qualquer das modalidades, o valor mínimo da parcela será de R$
100 para pessoas físicas e R$ 500 para pessoas jurídicas", explica.

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