Proposta de fim da escala 6x1 divide opiniões e promove debate sobre direitos trabalhistas e perspectivas empresariais
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| Foto: Divulgação |
O
advogado Watson SIlva, especialista em direito trabalhista do escritório Amaury
Andrade, analisa o PEC que propõe a diminuição da carga de trabalho e relaciona
com atual realidade dos empresários brasileiros
O Projeto de Emenda à Constituição (PEC) proposto pela
deputada Erika Hilton, sugere uma revisão do regime de trabalho 6x1. O objetivo
é substituir esse modelo por uma jornada que permite um segundo dia de folga
semanal, argumentando que a mudança poderá beneficiar o bem-estar e a saúde dos
profissionais. A proposta, que visa ampliar o período de descanso dos
trabalhadores, traz à tona um debate essencial sobre o equilíbrio entre os
direitos trabalhistas e as necessidades operacionais das empresas.
Segundo Watson Silva, advogado especialista em direito
trabalhista, o PEC é um avanço para a valorização da qualidade de vida dos
trabalhadores, mas ressalta a importância de avaliar os resultados para as
empresas. “Embora a proposta vise ampliar o período de descanso e,
consequentemente, a qualidade de vida dos trabalhadores, é urgente avaliar o
impacto dessa alteração sobre a rotina empresarial, especialmente para empresas
de pequeno e médio porte, que frequentemente enfrentam desafios acentuados de
competitividade e sustentabilidade ”, afirma.
A alteração na jornada de trabalho proposta pela PEC pode
trazer vantagens significativas para os trabalhadores, como a redução do
cansaço e a promoção do bem-estar. Porém, para o advogado, o contexto econômico
das empresas também merece atenção.
“A promoção do bem-estar dos trabalhadores é inquestionável
e deve ser valorizada; contudo, é igualmente necessário ponderar sobre a
manutenção da produtividade e do desenvolvimento económico das organizações”,
destaca o advogado. Para Silva, uma abordagem equilibrada, que contempla o
diálogo entre trabalhadores e legisladores, é fundamental.
O debate sobre a escala 6x1 segue como um ponto de reflexão
para o país, destacando a necessidade de harmonizar direitos e
responsabilidades entre trabalhadores e empregados, com uma legislação que
atende aos interesses de todos os setores e permite o desenvolvimento
sustentável da economia.

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