CINEBH EXIBE PRODUÇÃO AUTORAL LATINO-AMERICANA E REALIZA SUA PRIMEIRA EDIÇÃO COMPETITIVA COM A MOSTRA TERRITÓRIO
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| Foto: Divulgação |
Ao longo de seis dias de evento, 17a edição da
Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte vai apresentar 93 filmes,
entre curtas, médias e longas-metragens, divididos em nove seções temáticas
A programação de filmes da 17a CineBH
– Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte conta com 93
filmes nacionais e internacionais (39 longas, 51 curtas e 3 médias), de 13
países (Alemanha, Argentina, Brasil, Catar, Chile, Colômbia,
Cuba, França, México, Paraguai, Peru, Romênia) e 12 estados
brasileiros (Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas
Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São
Paulo), a serem exibidos em 56 sessões em oito espaços da cidade
mineira. De 26 de setembro a 1o de outubro,
Belo Horizonte se torna a capital mundial do audiovisual com sessões de
pré-estreias, mostra-homenagem, sessões infantis e escolares e dois recortes
dedicados à produção latino-americana – inclusive inaugurando em 2023 a
primeira edição de uma mostra competitiva internacional, a Mostra
Território.
Para não se perder nessa quantidade de títulos
e saber onde pode ser sua próxima parada na CineBH, confira a seguir que tipo
de filme vai rolar em cada mostra, com seus perfis e estilos.
SESSÃO DE ABERTURA
A sessão de abertura da 17a CineBH
vai ser na noite de 26 de setembro, no hipercentro de Belo Horizonte, com “Zé”,
ficção inspirada na vida do militante de esquerda José Carlos da Mata Machado,
morto pela ditadura militar em 1973. O filme integra a Mostra Homenagem desta
edição, sendo dirigido por Rafael Conde, cineasta mineiro que
receberá o reconhecimento pela sua trajetória, junto à outra homenageada desta
edição, a diretora e atriz Yara de Novaes.
MOSTRA TERRITÓRIO |
COMPETITITVA
Inaugurando o recorte competitivo na CineBH, a
Mostra Território conta com 8 longas-metragens de 7 países latinos, a serem
avaliados por um júri oficial formado pelo cineasta André Novais Oliveira (MG), pela pesquisadora e curadora
Carla Italiano (MG), pela jornalista e pesquisadora Mariana Queen Nwabasili
(SP), pelo professor e crítico Roberto Cotta (RS/BA) e pela prosutora Sara
Silveira (RS/SP). “São filmes avessos a
estereótipos de latinidades genéricas e expressivos das múltiplas
possibilidades de se atentar a um território concreto, local antes de nacional,
e não deixar as pressões pelas justas representações asfixiar as
autoralidades”, destaca Cléber Eduardo, coordenador curatorial.
Além de Cléber, participaram da seleção Leonardo Amaral e Ester Fér.
Cléber aponta que nenhum dos títulos na Mostra
Território é necessariamente representativo dos cinemas feitos em seus países,
e sim propostas alternativas ao que se supõe serem elementos típicos destes
cinemas nacionais. Em diálogo coerente com a CineBH, parte dos selecionados é
fruto de coproduções com outros países. “A visibilidade a esses filmes é nossa
contribuição no desejo e dever de compartilhar aquilo que vislumbramos com
empolgação”.
Os títulos da Mostra Território são: “Guapo'y” (Sofia
Paoli Thorne, Paraguai/Catar); “Otro Sol” (Francisco Rodriguez
Teare, Chile/França/Bélgica), “Moto” (Gastón Sahajdacny,
Argentina), “Llamadas desde Moscu” (Luis Alejandro Yero,
Cuba), “A La Sombra de la Luz” (Isabel Reyes e Ignacia Merino,
Chile), “Diogenes” (Leonardo Barbuy, Peru), “Puentes
en el Mar” (Patricia Ayala Ruiz, Colômbia) e “Toda Noite
Estarei Lá” (Tati Franklin e Suellen Vasconcelos, Brasil).
MOSTRA CONTINENTE
Mais um recorte de filmes latinos na CineBH,
a Mostra Continente, com curadoria de Cléber Eduardo, Ester
Fér, Leonardo Amaral e Marcelo Miranda, reúne
um total de 14 longas selecionados, reunidos sob o título da temática desta
edição, “Territórios da Latinidade”. Em medidas variáveis, todos tratam
espaços, ambientes e territórios nos quais vivem e se movem pessoas de
diferentes gêneros, identidades, ocupações, experiências e faixas etárias,
tanto das cidades como dos campos, com essas figuras centrais ocupando posição
central e mobilizadora em cada obra.
“É um time de autorias e um elenco de filmes
no mínimo instigante e no máximo fundamental para se vislumbrar uma variedade
de potências e de possibilidades cinematográficas no cinema da América Latina”,
destaca a curadora Ester Fér. “Há uma força coletiva calcada no pertencimento a
um tempo e a um lugar, apesar da coprodução como modo de viabilização de uns
tantos”.
O conjunto reúne filmes da Argentina, Brasil,
Chile, Colômbia e México, transitando por questões mais declaradamente
políticas e por enfoques mais subjetivos, sem necessariamente abrir mão das
relações com o momento histórico-social. São eles: “El Reino de Dios” (Claudia
Sainte-Luce, México), “Las Preñadas” (Pedro Wallace,
Argentina/Brasil), “Rejeito” (Pedro de Filippis,
Brasil), “Vieja Viejo” (Ignacio Pavez, Chile), “El
Grossor del Polvo” (Jonathan Hernández, Mexico), “Utopia” (Laura
Gómez Hinchapié, Colômbia), “Nada Sobre meu Pai” (Susanna
Lira, Brasil), “Sean Eternxs” (Raúl Perrone, Argentina), “Amanhã” (Marcos
Pimentel, Brasil), “Propriedade” (Daniel Bandeira, Brasil), “Tan
Inmunda” (Wince Oyarce, Chile), “Anhell69” (Theo
Montoya, Colômbia), “O Estranho” (Flora Dias e Juruna Mallon,
Brasil) e “A Longa Viagem do Ônibus Amarelo” (Julio Bressane e
Rodrigo Lima, Brasil), este último exibido no segmento chamado “Cinema de
Fôlego”, por conta de suas 7h10 de duração.
MOSTRA HOMENAGEM
Em 2023 a CineBH relembra as trajetórias de
dois artistas mineiros: o diretor e roteirista Rafael Conde e
a atriz, dramaturga e diretora Yara de Novaes. Vários filmes com
participações de ambos estão na programação, incluindo alguns que contaram com
o trabalho dos dois. Dirigidos por Conde, o longa “Samba Canção” (2002)
tem Yara como atriz, os curtas “A Hora Vagabunda” (1998) e “Françoise” (2001)
tem Yara como assistente de direção e o longa “Fronteira” (2008)
tem ela como atriz e diretora de elenco.
Outros trabalhos de Conde na mostra são os
curtas “Rua da Amargura” (2003), “A Chuva nos Telhados
Antigos” (2006), além de “Zé” (2023) na sessão de
abertura. De Yara o público poderá conferir sua faceta de atriz também na
comédia “Depois a Louca sou Eu” (2021), de Julia Rezende.
DIÁLOGOS HISTÓRICOS
A mostra Diálogos Históricos, que
anualmente exibe filmes conectados sob alguns determinados aspectos e acompanhados
de comentários de críticos ou pesquisadores especialistas nos temas e formas em
cena, celebra este ano a memória e o talento do dramaturgo José Celso
Martinez Corrêa (1937-2023). Os títulos, selecionados por Cléber
Eduardo e Marcelo Miranda, são: “Prata Palomares” (André
Faria, 1970), no qual Zé Celso foi roteirista; “O Rei da Vela” (1982),
único filme em que ele assina direção, em parceria com Noilton Nunes; e “Fedro” (Marcelo
Sebá, 2021), no qual surge de corpo, alma e voz com o ex-pupilo Reynaldo
Gianecchini num longo e intenso papo íntimo sobre arte, sexo, vida e política.
MOSTRA CINEMUNDI
A seleção, feita pelo crítico Pedro
Butcher, reúne filmes brasileiros que tiveram projetos apresentados no
programa Brasil CineMundi em edições anteriores do evento. Este ano serão
mostrados “Mato Seco em Chamas”, de Joana Pimenta e Adirley
Queirós; “Paterno”, de Marcelo Lordello; e “Tia Virgínia”, de
Fábio Meira, recentemente premiado com cinco troféus no Festival de Gramado,
incluindo melhor atriz para Vera Holtz.
MOSTRA PRAÇA
Em filmes de apelo popular e em conexão com a
cidade para um diálogo imediato com o público, os títulos da Mostra Praça em
2023 são documentários apresentando histórias reais e instigantes para o
público presente no cinema instalado na Praça da Liberdade, um dos principais
cartões postais da capital mineira. Dois títulos tratam de figuras importantes
no cenário cultural brasileiro. “Andança – Encontros e Memórias de Beth
Carvalho”, de Pedro Bronz, debruça sobre robusto material de arquivo
da artista para traçar um recorte único, íntimo da carreira e da vida dessa
singular figura da cultura nacional. Por sua vez, “Lô Borges – Toda
Essa Água”, de Rodrigo de Oliveira, repassa a trajetória de brilhos, medos
e sonhos deste celebre compositor mineiro.
Uma dupla de curtas-metragens da mostra
A Cidade em Movimento, ambos tratando e visibilizando figuras e ambiências
mineiras que se aprofundam nas próprias origens de um conceito de nação
brasileira, “Senhores de Aruanda – Umbanda e Resistência”, de Caio
Barroso, e “Folia dos Anjos”, de Kdu dos Anjos; e o
documentário mineiro “Gerais da Pedra”, do trio Diego Zanotti,
completam a seleção do Cine Praça.
A CIDADE EM MOVIMENTO
Com curadoria de Paula Kimo, a mostra este ano
tem o tema “Olhar o Horizonte”, com filmes que apresentam formas de mundos imaginados, com frescor de
novidade, a partir da ideia de que a linha de um horizonte como o que se tem na
capital mineira e região denota distintas paisagens numa região cercada por
montanhas e interrompida por grandes edifícios, o que revela os conflitos e as
camadas históricas e sociais que habitam uma metrópole clamando por
visibilidade. Ao todo são 16 filmes
realizados em Belo Horizonte e região metropolitana, com pouco ou nenhum
recurso financeiro, em cinco sessões na sala, sempre seguidas de rodas de
conversa com convidados especiais sobre os assuntos dos filmes em questão.
MOSTRA DE CURTAS
Sob curadoria de Tatiana Carvalho
Costa e Marcelo Miranda, a seleção de curtas-metragens na
17a CineBH apresenta um cenário estimulante de novas
descobertas e constantes surpresas. Se a seleção não necessariamente se pautou
pela temática dos “Território(s) da Latinidade”, ela acabou por se relacionar
diretamente a isso e aos caminhos gerais por justamente estar em contato com
outras obras, imaginários e estímulos do continente – afinal, a América Latina
também somos nós.
O conjunto de realizadores reunidos nas
sessões em 2023 articulam experiências fílmicas da espacialidade urbana e de
paisagens interiores de um país plural, abordam questões sociais urgentes e
promovem mergulhos profundos em subjetividades diversas. Para ecoar a temática
geral da CineBH deste ano, a territorialidade desses filmes é tanto geográfica,
por estar fincada na língua, na vivência e nos espaços brasileiros; e também é
afetiva, por remeter a processos internos de personagens, situações e registros
que fazem parte de mapas interiores únicos.
MOSTRINHA DE CINEMA
Duas sessões para toda a família compõem a
Mostrinha de Cinema, este ano com longa-metragens de animação realizados em
Minas Gerais. “Placa Mãe”, de Igor Bastos foi produzido em
Divinópolis e é o primeiro trabalho do gênero feito no interior do estado. Por
sua vez, “Chef Jack”, de Guilherme Fiuza Zenha, teve produção na
capital e também será um ótimo programa para o público infantojuvenil.
SESSÕES CINE-ESCOLA
A 17ª CineBH conta também com a realização
do programa Cine-Expressão - A Escola
vai ao cinema, iniciativa que
pretende aproximar o universo cinematográfico de crianças, adolescentes e
educadores da rede pública através das sessões Cine-escola. Crianças
e adolescentes, de cinco a 14 anos, poderão assistir a produções nacionais
voltadas para sua faixa etária, e participar de um bate-papo sobre os filmes e
os temas neles abordados. Ao todo, serão seis sessões de cinema
com 13 filmes brasileiros que apresentam temas universais e educativos para
a formação de crianças e jovens.
SOBRE A 17ª CINEBH – MOSTRA
INTERNACIONAL DE CINEMA DE BELO HORIZONTE
O CINEMA BRASILEIRO EM CONEXÃO COM O MERCADO
INTERNACIONAL E A CAPITAL MINEIRA
A CineBH - Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte, o
evento de cinema da capital mineira, chega a sua 17ª edição entre os dias 26
de setembro a 1º de outubro e acontece em oito
espaços de Belo Horizonte - Casa
da Mostra, Cine Theatro Brasil
Vallourec, Fundação Clovis Salgado (Cine Humberto Mauro, Sala João Ceschiatti,
Sala Juvenal Dias, Jardim Interno), Salas de Cinema Minas Tênis Clube, Cine
Sesc Palladium, Cine Santa Tereza, Teatro Sesiminas, Praça da Liberdade.
A CineBH oferece uma programação intensa e
gratuita com exibição de mais de 90 filmes nacionais e
internacionais, pré-estreias e mostras retrospectivas, programa de
formação com a oferta de oficinas, workshops, laboratórios, ,
debates e painéis, promoção do fomento ao empreendedorismo,
dissemina a informação, produz e difunde conhecimento, cria oportunidades de
rede contatos e negócios, reúne a cadeia produtiva do audiovisual numa
programação abrangente e gratuita.
***
A 17ª CineBH – Mostra Internacional de
Cinema de Belo Horizonte e o 14º Brasil CineMundi integram o Cinema sem Fronteiras 2023 – programa
internacional de audiovisual idealizado pela Universo Produção e
que reúne também a Mostra de Cinema de Tiradentes (centrada na
produção contemporânea, em janeiro) e a CineOP – Mostra de Cinema de
Ouro Preto (que difunde o audiovisual como patrimônio e ferramenta de
educação, em junho).
Acompanhe o programa Cinema
Sem Fronteiras 2023.
Participe da Campanha #EufaçoaMostra
Na
Web: www.brasilcinemundi.com.br / www.cinebh.com.br / www.universoproducao.com.br
No
Instagram: @universoproducao
No
Youtube: Universo Produção
No
Twitter: @universoprod
No
Facebook: brasilcinemundi/cinebh / universoproducao
No
LinkedIn: universo-produção
Informações
pelo telefone: (31) 3282-2366
Site oficial do evento: cinebh.com.br
SERVIÇO
17a CINEBH -
MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE BELO HORIZONTE
26 de
setembro a 1º de outubro de 2023
LEI FEDERAL DE INCENTIVO À
CULTURA
LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À
CULTURA
ESTE EVENTO É REALIZADO COM
RECURSOS DA LEI MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURA DE BELO HORIZONTE
Patrocínio: ITAÚ, PREFEITURA
DE BELO HORIZONTE, MATER DEI, COPASA, CEMIG/GOVERNO DE MINAS GERAIS
Parceria Cultural: SESC
EM MINAS, CASA DA MOSTRA, INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL, CIRCUITO PRAÇA DA
LIBERDADE, FUNDAÇÃO CLOVIS SALGADO
Idealização e realização: UNIVERSO
PRODUÇÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE
CULTURA E TURISMO DE MINAS GERAIS
MINISTÉRIO DA CULTURA |
GOVERNO FEDERAL – UNIÃO E RECONSTRUÇÃO

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