Você já ouviu falar na língua geográfica?
| Foto: Divulgação |
A condição atinge milhões de pessoas no
Brasil
Após uma jovem capixaba viralizar no TikTok ao falar sobre sua língua
geográfica, o tema chamou atenção dos internautas. Segundo pesquisa da
Faculdade de Odontologia da APCD, estima-se que cerca de até 3% de
brasileiros possuem a condição, podendo esse número ser equivalente a até
6 milhões de pessoas pelo país.
O dentista Luis Eduardo Marques, da Ortoestética, explica que a
língua geográfica também é conhecida como glossite migratória benigna ou
eritema migratório, “é a falta de algumas papilas gustativas em formatos
assimétricos e disformes que se assemelham com mapas”, explica.
O especialista garante que a condição não tem nada a ver com má higiene
bucal e nem é transmissível. “O que acontece é que a nossa língua é coberta com
uma camada de pequenas protuberâncias chamadas papilas que, por algum motivo,
as papilas gustativas desaparecem e as áreas da língua ficam lisas e
vermelhas”, acrescenta.
Os motivos para o surgimento da língua geográfica podem ser genéticos,
por alergia, hormonal ou até consequência de outras condições de saúde,
deficiências nutricionais, psoríase e dermatite atópica. Os principais sintomas
são manchas na região e, raramente, dor e ardência.
O odontólogo recomenda que a pessoa com língua geográfica não consuma
alimentos cítricos, ácidos, muito quentes ou picantes. “No caso de dor no local
ou ardência é importante buscar ajuda de um especialista”, ressalta o
dentista.
Luis ainda alerta sobre a importância da higiene bucal: "O paciente
não pode deixar de manter a escovação dos dentes em dia, usando sempre o fio
dental. Os enxaguantes bucais não devem conter álcool em sua composição para
evitar qualquer tipo de desconforto”, afirma o especialista.
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