Vestido de Noiva
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| Foto: Netun Lima |
A montagem
preserva a dramaturgia original da obra do autor Nelson Rodrigues e incorpora
soluções cênicas que são marcas da identidade do GOM
No ano em que se celebram os 80 anos do texto Vestido de Noiva e
dando continuidade às comemorações dos 45 anos de atuação ininterrupta da
companhia e os 40 anos sob a direção de Ione de Medeiros, o Grupo Oficcina
Multimédia realiza turnê nacional com uma montagem inédita, fruto do mergulho
da companhia no universo rodrigueano.
Com grande sucesso de público, a peça já percorreu os CCBBs de Belo Horizonte,
São Paulo, Rio de Janeiro e encerra seu giro em Brasília. Onde cumpre temporada
de 16 de novembro a 9 de dezembro, com sessões de quinta a sexta-feira, às 20h,
e domingo, às 18h, e sessão extra, com tradução em Libras, dia 6 de dezembro,
quarta-feira, às 20h, Os ingressos custam R$ 30, a inteira, e estarão à venda
em www.bb.com.br/cultura a partir de 10 de novembro. A última vez que o GOM
esteve em Brasília foi em 2005, quando apresentou a estreia nacional de A
Acusação.
Vestido de Noiva mescla realidade, memória e alucinação para contar a história
de Alaíde. Após ser atropelada por um carro e hospitalizada, ela, na mesa de
cirurgia e oscilando entre a vida e a morte, tenta reconstituir sua história.
Nesse processo, seu inconsciente e desejos mais inconfessáveis vêm à tona. Quem
vai ajudá-la a juntar os fragmentos de memória é a enigmática Madame Clessi.
Juntando as peças desse
quebra-cabeça, as duas descobrem que houve um crime, cuja investigação será um
dos motivos centrais da trama. O que poderia parecer um drama familiar,
revela-se uma tragédia de alcance universal. Nesta obra, dividida em três atos,
Nelson Rodrigues conta uma história a partir do âmago da personagem, ou seja,
de seu espírito, de sua psique, de sua alma.
Em cena, Camila Felix, Henrique Torres Mourão, Jonnatha Horta Fortes, Júnio de
Carvalho, Priscila Natany e Victor Velloso se revezam entre personagens, sem
distinção de sexo. Performance que dá continuidade à proposta de duplos e trios
como no espetáculo anterior da companhia, “Boca de Ouro” (2018/2019), que
marcou a estreia do grupo no universo de Nelson Rodrigues.
Para a diretora, Ione de
Medeiros, o texto, escrito em 1943, deu início a uma transformação do teatro
brasileiro. Vestido de Noiva, segundo ela, lida com o inconsciente
e com a falta de uma ordem cronológica, “o que nos desafiou a construir uma
dinâmica de montagem que pudesse levar o público à compreensão destas camadas
de acontecimentos e diálogos, que se relacionam”, diz Ione
de Medeiros. No espetáculo, um narrador em vídeo conduz a história e
permite ao público ir conectando peças como num quebra-cabeça.
A montagem apresenta e incorpora soluções cênicas que são marcas da identidade
do GOM. "O material cênico tem rodinhas e alturas variadas, o que
possibilita aos atores se posicionarem em níveis diferentes, conferindo à cena
uma atmosfera de flutuação e, ao cenário, uma mobilidade fluida", explica
Ione.
O espetáculo começou a ser
montado antes da pandemia e o processo continuou de forma remota durante o
período de isolamento. “Descobrimos infinitas possibilidades de criar cenas em
vídeo usando somente os recursos que tínhamos em casa. Diante de um fundo verde,
os atores gravavam as cenas com seus celulares. Posteriormente, editamos essas
cenas e incluímos os atores em cenários diferentes”, diz Ione. Alguns trechos
gravados neste período foram mantidos na montagem.
O Grupo Oficcina Multimédia, da
Fundação de Educação Artística, foi criado em 1977 pelo compositor Rufo
Herrera, no XI Festival de Inverno da UFMG. Sob a direção de Ione de Medeiros
desde 1983, o grupo montou 24 espetáculos. Além de Ione de Medeiros, Jonnatha
Horta Fortes e Henrique Mourão integram o GOM. Paralelamente à sua atividade
teatral, o grupo realiza em Belo Horizonte (MG) eventos culturais como
Bloomsday, Bienal dos Piores Poemas e Verão Arte Contemporânea – esse último
teve sua 15ª edição em 2023. Em julho de 2022, o GOM completou 45 anos de
atuação ininterrupta. O GOM conquistou o respeito do público e participou de
festivais nacionais e internacionais, como: 12° Festival Le Manifeste 2015, na
França; Festival Internacional de Caracas, na Venezuela; 3º Festival do Teatro
Brasileiro – Cena Mineira, em Brasília (DF); Festival Internacional de São
José do Rio Preto/SP; 2º Circuito de Festivales Internacionales “El Teatro del
Mundo en Argentina” e o Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo
Horizonte – FIT BH. Para mais sobre o GOM, Ione de Medeiros e cada montagem, acesse aqui o livro digital "Grupo Oficcina Multimédia -
45 anos", lançado em 2023 pelo selo Lucias da SP Escola de Teatro.
Nascida em Juiz de Fora/MG, no ano de
1942, Ione de Medeiros se mudou para Belo Horizonte em 1967.
Em 1977, participou da criação do Grupo Oficcina Multimédia, que dirige há 40
anos. Além de diretora, é pianista, atriz, figurinista, cenógrafa, curadora,
produtora cultural e educadora artística. À frente do GOM, realizou a montagem
de 24 espetáculos tendo como foco a pesquisa multimeios, que envolve o trabalho
de corpo, voz, rítmica corporal e material cênico na encenação teatral. Recebeu
cinco prêmios, entre eles o Bonsucesso de Melhor Direção, com o espetáculo
“Zaac e Zenoel”. Foi homenageada pelo SESC/SATED MG, pela iniciativa de criação
e realização do Verão Arte Contemporânea, e recebeu a Medalha de Honra da
Inconfidência de Minas Gerais, pelo conjunto de atividades culturais realizadas
como artista e pedagoga. É idealizadora e coordenadora dos eventos culturais
Verão Arte Contemporânea, Bloomsday e Bienal dos Piores Poemas, que o GOM
realiza.
Montagens sob direção de Ione de Medeiros:
“Vestido de Noiva”, de 2023; “Boca de Ouro”, de 2018; “Macquinária 21”, de
2016; “Aldebaran”, de 2013; “Play It Again”, de 2012; “As Últimas Flores do
Jardim das Cerejeiras”, de 2010; “Bê-a-bá BRASIL”, de 2007; “A Acusação”, de
2005; “A Casa de Bernarda Alba”, de 2001; “In-Digestão”, de 2000; “Zaac &
Zenoel”, de 1998; “A Rose Is a Rose Is a Rose”, de 1997; “BaBACHdalghara”, de
1995; “Happy Birthday to You”, de 1994; “Bom Dia
Missislifi”, de 1993; “Alicinações”, de 1991; “Epifanias”,
de 1990; “Navio-Noiva e Gaivotas”, de 1989; “Sétima Lua”, de 1988; “Quantum”,
de 1987; “Decifra-me que Eu te Devoro”, de 1986; “Domingo de Sol”, de 1985;
“K”, de 1984; e “Biografia”, de 1983
O Centro Cultural Banco
do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, e está
sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, e
tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e
criatividade possíveis.
Com projeto paisagístico assinado
por Alda Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de
convivência, bistrô, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e
jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições
de filmes e performances.
Além disso, oferece o Programa
Educativo CCBB Brasília, programa contínuo de arte-educação patrocinado pelo
Banco do Brasil que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o
visitante da programação em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB),
acolhendo o público espontâneo e, especialmente, milhares de estudantes de
escolas públicas e particulares, universitários e instituições, ao longo do
ano, por meio de visitas mediadas agendadas, além de oferecer atividades de
arte e educação aos fins de semana.
Em 2022, o CCBB Brasília obteve a
certificação ISO 14001, importante credencial de boas práticas ambientais,
demonstrando o compromisso do Banco do Brasil com a ética e a sustentabilidade
ambiental.
Serviço:
Vestido de Noiva
Local: Teatro do Centro Cultural
Banco do Brasil Brasília
Endereço: SCES Trecho 02
Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul
Temporada: de 16 de novembro
a 9 de dezembro de 2023
Horários: de quinta a sábado, às
20h, e domingo, às 18h
Sessão extra: 6 de dezembro,
quarta-feira, às 20h, com tradução em Libras
Ingresso: R$ 30,00 (inteira), e R$ 15 (a meia para
estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência (e
acompanhante, quando indispensável para locomoção), adultos maiores de 60
anos e clientes BB), à venda em www.bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB Brasília, a partir de 10/11
Capacidade do teatro: 327 lugares (sendo 07 espaços para
cadeirantes e 3 assentos para pessoas portadoras de obesidade)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Apresentação e Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Governo Federal
Informações:
Fone: (61) 3108-7600
E-mail: ccbbdf@bb.com.br
Site/ bb.com.br/cultura
Facebook/ @ccbb.brasilia
Instagram/ @ccbbbrasilia
Youtube/ Bancodobrasil
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