Estética Ancestral: Arte Indígena Brasileira
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| Onça - Artista Mawaya Mehinaku - Etnia Mehinaku |
Harmonia sensorial materializada em
bancos zoomorfos e geométricos
Mostra inédita em Brasília
reúne mais de 50 bancos esculpidos em madeira, originários de seis diferentes
etnias. Compõem essa coleção, com curadoria de Lucas Rosalino, a
riqueza artística de 17 jovens escultores que criam, transformam e inovam. Cada
um com sua forma de rubricar a arte, conservando práticas provindas de
conhecimentos milenares.
Em Estética Ancestral: Arte Indígena Brasileira as peças em
exposição trazem novos estilos, materiais, cores, decorações e tamanhos sem
perder de vista os elementos que identificam cada espécie animal, ângulo e
grafismo ancestral. Nas quais, as proporções e feições são mantidas.
Para a antropóloga, professora
emérita da UNB e pesquisadora sênior do CNPQ, Alcida Rita Ramos, a
exposição “é uma demonstração do profundo conhecimento que os indígenas têm do
mundo ao redor, independentemente de viverem ou não em aldeias.”
Ariabo
Kezo, filho do povo
Balatiponé, escritor e defensor
das causas indígenas, observa que, para o visitante, “é estar diante de uma
riqueza artística formidável que nos convida a compreender melhor as artes
indígenas e suas profundas significações”, e justifica, “por não se tratar da
produção de um único povo, mas de uma diversidade formada por várias etnias”.
Sobre os detalhes de cada peça, Lucas Rosalino ressalta a variedade de grafismos e suas relações com
cada animal. “Alguns povos do Alto Xingu, como os Mehinaku, Trumai, Kamaiurá,
produzem grafismos específicos que representam a pele da jiboia, os dentes das
piranhas”. Com relação à coloração, ele comenta que dão ainda mais vida às
esculturas por serem feitas a partir dos produtos da terra, “como o vermelho do
urucum, barro da Tabatinga, o preto do jenipapo”, lista o curador.
A realização desta exposição nasceu do contato do curador com culturas
indígenas, por meio de artistas e suas obras, e do seu desejo de prestigiar a
arte indígena, “que é parte fundamental das raízes do Brasil, além de poder
proporcionar o mesmo sentimento arrebatador que tive ao ter o primeiro
contato”. Além de bancos, o conjunto de obras apresenta cerâmicas, remos e
outros objetos.
Os artistas presentes na
exposição são: Etsiri, Kayanaku,
Kulikyrda, Yulupe, Mawaya, Maykuti, Maini e Turuza, da etnia Mehinaku; Kupatopenu
Atakaho e Karapotan, da etnia Waujá;
Ropkrãnse, da etnia Kaiabi/Kayabi; Me'tanã,
da etnia Ticuna/Tikuna; Ontxa, Takula e Tukuna, da etnia Mehinaku; Tadashi Tukurevi, da etnia Aweti; e Yauapi, da etnia Kamayurá.
Serviço:
Estética Ancestral: Arte
Indígena Brasileira
Local: Galeria Pé Palito
Endereço: SCLN 213 Bloco A Loja 9
Coquetel de abertura: 16 de
novembro, às 17h
Temporada: até 16 de dezembro de
2023
Visitação: de segunda a sábado,
das 10h30 às 19h
Entrada franca e livre para todos
os públicos
Todas as peças estarão à venda
Informações: 61 9269-2602
(WhatsApp)

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