Vozes Indígenas

 

Ribamar. Araújo. Foto: Divulgação

Música, poesia, teatro e bate-papo sobre preservação da fauna e da flora, e como enfrentar as ações de destruição da vida na terra, promovidas pelo governo federal

Como forma de reverberar o movimento de enfrentamento aos desmontes na área ambiental, protagonizado por setores indigenistas do Brasil e amplificado no 18º Acampamento Terra Livre, realizado em Brasília entre os dias 4 e 14 de abril. O Arte Fato, que chega à sua 23ª Edição, convida lideranças indígenas para apontarem as ameaças aos seus territórios e apresentarem suas pautas de luta.

            Invasão de terras demarcadas para criação de bovinos, extração de madeira, plantação de monoculturas, mineração e garimpo, poluição dos rios, assassinato de lideranças dos povos originários, além da ameaça de aprovação do marco temporal e a não demarcação de novas terras indígenas, estão entre as ilegalidades incentivadas pela atual gestão do governo federal e por bancadas ruralistas no legislativo.

            Para enfrentar estes retrocessos e lutar pela manutenção e a aplicação dos direitos indígenas, previstos na Constituição, o movimento indígena vem se articulando em diferentes níveis. Uma das iniciativas recém apresentadas é a composição de uma bancada indígena no Congresso Nacional. Para dar voz à luta indigenista, o programa recebe Marcivana Sateré Mawé, Ayara Sateré Mawé, Socorro Banawá, Taynara Kambeba e Uruma Kambeba.

            Em reverência aos povos originários, os e as indígenas que habitam o território chamado Brasil desde antes da sua invasão pelos portugueses, o XXIII Arte Fato, que acontece no Dia do Índio, 19 de abril, convidou artistas da música, literatura e do teatro.

            No campo da música, o programa recebe o brasiliense Admilson de Castro. Funcionário do BRB e filho de músico, para Admilson, que canta desde os 18 anos de idade, a música se apresenta como ponto de equilíbrio, reformulação e revigoramento. 

Outra atração musical é o Myriam Greco Trio. Afinadíssima, a suavidade da voz de Myriam recebe o acompanhamento sutil e preciso do violão de Régis e da bateria simples, mas bem conduzida, de Almir, funcionário do Banco do Brasil. Juntos, os três apresentam um repertório de qualidade, quando revivem criações de Tom Jobim, Roberto Menescal, Carlos Lyra, dentre outros.

Para arrancar gargalhadas do público, o Arte Fato traz o comediante Ribamar Araújo. Ator, diretor e escritor, Ribamar começou no teatro na década de 90, ao lado de Cláudio Falcão, Adriana Nunes, Alexandre Ribondi e Camila Pitanga. Com passagens pela televisão, como apresentador, seu grande sucesso vem dos palcos com "Eu venci vendendo dindim", assistido por milhares de pessoas.

Fechando a programação cultural, poesia com Franklin Moreno. Este brasiliense, bancário do BRB, se inspira em estudos de filosofia, esoterismo e ecologia profunda para a composição de seus poemas.

Serviço:

Arte Fato, XXIII Edição

Tema: “Vozes Indígenas”

Dia e horário: 19 de abril de 2022, terça-feira, às 20h

Transmissão gratuita: www.youtube.com/user/bancariosbsb e @tvcomdf no YouTube, Facebook e Instagram

Participações: Marcivana Sateré Mawé, Ayara Sateré Mawé, Socorro Banawá, Taynara Kambeba, Uruma Kambeba, Admilson de Castro, Myriam Greco Trio, Ribamar Araújo e Franklin Moreno

Apresentação: Murilo Grossi

Classificação indicativa: Livre para todos os públicos