Street Cadeirante Virtual leva aulas de dança online para pessoas com deficiência física
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| Foto: Divulgação |
Oficina celebra o aniversário de Brasília e oferta, nacionalmente, a
iniciativa libertadora da Cia de Dança Street Cadeirante, pioneira em dança
urbana acessível no país
A arte pode ser inclusiva, renovadora e, assim como os esportes, alargar
os limites de ação de pessoas que possuem deficiência física. Também pode
ajudar a contar uma nova história, aguçando a sensibilidade, trazendo
entusiasmo e muito mais qualidade de vida e autoestima. Essas são motivações
que a Cia de Dança Street Cadeirante tem ao oferecer, a partir de 9 de abril,
sua oficina virtual de dança. O objetivo é alcançar, de forma gratuita e
acessível, cadeirantes e pessoas com deficiência física de todo o país. As
inscrições estão abertas e devem ser feitas por meio do formulário online,
publicado em https://forms.gle/8sA4RWfyxcbZU6xV8.
Os encontros ocorrem aos sábados, às 17h, pela plataforma Zoom. A ideia
do Street Cadeirante foi da bailarina e jornalista Carla Maia, que aos 17 anos
sofreu uma lesão medular e adquiriu uma tetraplegia. “Eu já dançava e o sonho
de voltar a ter prazer e de me expressar na dança nunca morreu. Com a Cia de
Dança, pudemos multiplicar esses sonhos e estender essa possibilidade a outras
pessoas, também cadeirantes, ampliando as perspectivas sobre a arte e sobre a
própria vida. Não há imobilidade, há muitos movimentos sobre rodas”, a
enfatizou, que também já foi Miss Brasil Cadeirante e é paratleta de tênis de
mesa, oito vezes campeã brasileira, com participação no Parapan-americano.
A virtualidade veio com o enfrentamento à pandemia, mas acabou
favorecendo a abrangência das oficinas, que têm muita aceitação em todo o
Brasil. O Street Virtual terá duração de seis meses e receberá até 100 alunos
que podem dançar de qualquer lugar do mundo conectados à internet. A cada dois
meses, um professor conceituado assumirá o comando das aulas. “Iniciaremos esta
temporada com os professores Fiakra, Fernando Perrotti e Eduardo Amorim,
profissionais conceituados e que possuem experiência com arte inclusiva”,
pontuou. Ana Cláudia Fiche, Estevão Lopes, Julliana Lindsem e Mariana
Guedes, integrantes do grupo Street Show, também atuarão como monitores.
Currículo de Ouro
Com apenas quatro anos de formação, a Cia de Dança Street Cadeirante já
dançou para grandes públicos, em eventos de destaque em Brasília. Em 2021, o
grupo foi premiado no Festival Funarte AcessibiliDança Virtual, que propiciou a
gravação do documentário “Rodas em Dança: Livres e Lives”, contando o
protagonismo da Companhia no enfrentamento à pandemia e na oferta de aulas
gratuitas, e ao vivo, iniciadas pelas redes sociais. Com direção artística de
Eduardo Amorim, o documentário foi lançado em exibição beneficente que lotou o
Cine Drive In, em Brasília.
A Cia de Dança Street Cadeirante também já dividiu os palcos com
renomados artistas nacionais, como a Cantora Iza, em show no “Na Praia”, em
2018, que contou com participação da Cia Tribo de Dança, e o “Carnaval do
Parque”, em 2019, quando abriu o show super dançante da cantora Anitta. Também se
apresentou no “Capital Moto Week” e no quadro “The Wall”, do programa de
Luciano Huck. Participou do “Prêmio For The Brave”, em 2020 e foi destaque nos
feeds do Instagram do “Teleton”, programa de arrecadação de recursos para a
Associação de Assistência às Crianças Deficientes (AACD), e do grupo
Internacional “Black Eyed Peas”.
Há poucos dias, a Cia de Dança apresentou-se no evento oficial do GDF em
homenagem ao Dia Internacional da Mulher, realizado no Palácio do Buriti.
“Nossas apresentações são libertadoras, tanto para a pessoa cadeirante, que vai
ter nova perspectiva sobre imobilidade, quanto para o público, que também vê
superadas todas as suas expectativas”, disse Carla. “Vamos levar ao aluno
cadeirante a linguagem coreográfica e melhorar sua performance no correr das
aulas. E futuramente, aqueles que quiserem e já estiverem capacitados, poderão
participar de audições para se engajar no nosso grupo de apresentações Street
Show”, adiantou.
Além de ser um projeto de inclusão cultural realizado por e para pessoas
com deficiências físicas, o Street Virtual terá audiodescrição nas suas
divulgações e disponibilizará no site do projeto o aplicativo de acessibilidade
V-Libras, criado pelo Ministério do Planejamento, para atender também pessoas
com deficiência visual e auditiva.
O projeto Street Virtual é realizado com recursos do Fundo de Apoio à
Cultura do Distrito Federal e com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia
Criativa do DF, do Instituto Levvo, da Companhia Athletica, do Grupo Coqueiro
Materiais para Construção e da In9ve Contabilidade. A elaboração, gestão e
assessoria de imprensa do projeto são da Agenda Cultural Brasília.
SERVIÇO
Street Virtual - Oficina de dança online, para cadeirantes e pessoas com
deficiência física
Quando: A partir de 9 de abril, aos sábados, às 17h. Duração: 6 meses
Inscrições gratuitas e limitadas a 100 pessoas. Formulário de inscrição
online, em https://forms.gle/8sA4RWfyxcbZU6xV8.
Assessoria de Imprensa: Bárbara de Alencar (61) 9 8343-7369

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