Ópera inédita na capital reimagina clássico Romeu e Julieta
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| I Capuletti e I Montecchi. Foto: Admilson Júnior |
Em cartaz no Teatro
Dulcina, I Capuleti e I Montecchi, do compositor Vincenzo Bellini, remontam a trágica história de amor com a máfia
italiana
Amor, ódio,
vida, morte, tragédia e máfia. A eterna obra Romeu e Julieta ganhará
os palcos de Brasília em uma montagem cheia de ineditismo. A ópera I
Capuleti e i Montecchi (Os Capuletos e os Montecchio), do
italiano Vincenzo Bellini, estará em cartaz nos dias 26, 27, 28 e 29 de julho,
sempre às 20h, no Teatro Dulcina da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (Setor
de Diversões Sul). Ingressos: R$ 10 (meia-entrada). Que bacana!
Brasília!
Nesta história, a fonte principal não é o dramaturgo William Shakespeare. Ao
escrever seu I Capuleti e i Montecchi, Bellini banhou-se no libreto
de Felice Romani que, por sua vez, se inspirou em textos de uma série de poetas
e narradores italianos. Mesmo assim, permanece como foco o casal de enamorados
e o jogo entre vida e morte que os envolve. Bem curioso e interessante.
A
concepção também é moderna. A produção deixa de lado a ambientação original de
Verona do século 13 para dar lugar a Sicília do início do século 20. Por lá, a
máfia siciliana dominava o cenário político e econômico de forma estruturada e
organizada. As famílias rivais Capuleto (de Julieta) e Montecchio (de Romeu)
representam clãs rivais ligados à organização Cosa Nostra, dominante no
período. Ou seja, os personagens serão da máfia italiana.
“Teremos
um papel travesti, ou seja, uma mulher fazendo o papel de homem. A cantora
Érika Kallina interpretará Romeu, assim como foi escrito pelo compositor”,
destaca Renata Dourado, produtora e intérprete da protagonista Julieta.
Ainda no
papel de Romeu, o contratenor Kleiton D’Araújo, de João Pessoa (PB), também
garantirá o diferencial na montagem. Ele irá cantar com voz feminina.
I
Capuleti e i Montecchi é uma
realização da Secretaria de Cultura do Distrito Federal com o patrocínio do FAC
– Fundo de Apoio à Cultura. O espetáculo foi idealizado e produzido pela Cia de
Cantores Líricos de Brasília.
Paixão
que transborda nos palcos
Em cena,
a guerra para permanecerem juntos é uma constante. Romeu e Julieta, de famílias
rivais, não conseguem conter o amor que sentem um pelo outro e acabam por
desafiar suas respectivas famílias.
E para
embalar esta história de amor, a ópera conta com um coro só de vozes
masculinas. “O coro exclusivamente masculino também não é comum em
óperas”, adianta Renata.
Em um
contraponto entre o moderno e o antigo, o cenário e os figurinos são também
destaques da produção. Os figurinos se remetem à década de 70 e são modernos ao
se compararem com a data original da ópera. Já o cenário tem um ar clássico,
com elementos das casas italianas de antigamente.
Para dar
vida a esta nova versão, o renomado diretor de ópera Francisco Mayrink, saiu de
Belo Horizonte (MG) especificamente para dirigir a produção. A regência é de
Artur Soares, um jovem promissor regente que tem acumulado experiências em
conduzir orquestras, tanto para óperas, quanto para sinfonias.
Mais
informações: (61) 4101-1857 – Baú Comunicação Integrada.
O
quê: I
Capuleti e I Montecchi;
Quando: Dias 26,
27, 28 e 29 de julho, 20h;
Onde: Teatro Dulcina da
Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (Setor de Diversões Sul);
Ingressos:
R$ 10 (meia-entrada);
Não
recomendado para menores de 12 anos;
Vendas: www.sympla.com.br

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