Mostra (Naturezas Irreais) de Paulo Penna Pirenópolis (Goiás)

Sombra Arco Diagonal Luz. Foto: Paulo Penna
De 14 de julho a 31 de dezembro

A exposição “Naturezas Irreais”, uma composição de duas séries enigmáticas, traz imagens de Paulo Penna para Pirenópolis (Goiás) de 14 de julho a 31 de dezembro de 2018, com entrada franca. O público poderá conferir os trabalhos inéditos no Ateliê localizado na Rua Matutina Praça da Matriz, nº 1 (Ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário).
Paulo Penna convida ao “embarque em uma travessia por panoramas que têm o propósito de conduzir o observador a uma reflexão sobre a cotidiana crise da água”, em uma proposta elaborada e pensada para este propósito. A linguagem utilizada se vale de um processo de construção tecnológico que privilegia um forte diálogo com o texto curatorial”. Revela o artista, que convidou a ceramista Lelê Macedo para a curadoria. Que interessante!
As obras da série “Interdependência” fundem a humanidade, representada pelo figurativo feminino, e o meio ambiente, representado pela água. São elaborações imagéticas multicoloridas, em movimento, rios límpidos e seus fundos rochosos.
Já a série “Metaframes: Fragmentos de instantâneos” apresenta cuidadosa composição de fragmentos de instantâneos construídos a partir da captura de impressões visuais, criados pelas fugazes imagens que emergem em espelhos d’água.
Reflectere in Burano. Foto: Paulo Penna

Texto Curatorial:
Um dos temas mais discutidos na atualidade é o uso consciente e sustentável das águas. No último mês de março, nossa capital sediou um evento internacional, o 8º Fórum Mundial das Águas, ocasião em que relevantes documentos e acordos foram celebrados, para reforçar compromissos dos agentes públicos com vistas a melhorar e incrementar gestões dos recursos hídricos no mundo.
A água abrange elos interdependentes de promoção da vida. É um valioso patrimônio seriamente ameaçado pela ignorância humana, que não percebe a íntima relação de danosas atuações e suas consequências diretas aos recursos naturais e impermanentes que carecem de preservação.
Elemento que se figura no imaculado, transparente e límpido, a água nos beneficia generosamente em tudo que nos cerca, alimento imprescindível ao corpo e espírito. Culturalmente, podemos pensar que as águas transcendem seu valor apenas como precioso e indispensável mineral.
Nas narrativas míticas, a água figura como palco de práticas utilizadas em purificação e regeneração, para o desenvolvimento de muitas reflexões, quer sejam religiosas, psicológicas ou antropológicas. A poluição das águas compromete tanto a vida biológica como a vida psíquica do homem moderno.
A aparência desconstruída do mundo real é um dos desdobramentos do processo criativo, que busca ressaltar a sensação de movimento e profundidade. Esta série provoca uma estética peculiar de capturas de imagens e suas representações, através da elaboração do negativo-rebatido fotográfico. São cenários enigmáticos que reafirmam formas de naturezas irreais. O imaginário se dissolve na subjetividade e abstração dos signos figurativos. Vinculadas a uma certa referência representacional, as obras emergem com convidativas sutis subversões. Mais informações: (61) 9 9326-6390 - Acha Brasília.
O quê: Exposição “Naturezas Irreais” de Paulo Penna;
Quando: De 14 de julho a 31 de dezembro de 2018;
Onde: Rua Matutina Praça da Matriz, nº 1- Centro Histórico Pirenópolis (Goiás).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

III Quintal Cultural

Naquela Estação

Naquela Estação