4ª MOSTRA CULTURA CANDANGA
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| Foto: SBGP |
Feira da Torre de TV será palco de
grande encontro de cultura popular
com entrada franca, nos dias 31/5 (sábado) e 01/06 (domingo)
Brasília vai respirar cultura popular. Nos
dias 31 de maio e 1 de junho (sábado e domingo), a Feira da Torre de TV recebe
a quarta edição da Mostra Cultura Candanga, apresenta uma rica programação
totalmente gratuita.
Realizada pela Associação Cultura Candanga e
pelo grupo cultural Pé de Cerrado, o evento busca divulgar e preservar as
expressões das culturas populares do Distrito Federal e, também, de outras
regiões do Brasil, já que proporciona um intercâmbio com grupos reconhecidos no
território nacional. O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à
Cultura do Distrito Federal (FAC/DF).
A programação conta com participação de grupos
e de grandes mestres de Pernambuco (Claudio Rabeca, Mestre Zé do Pife e o grupo
indígena Walê Fulni-ô), do Pará (Os Muleques do Carimbó convidam André
Nascimento) e um grupo atuante em Brasília formado pelos cubanos Felix Valoy,
filho do ícone Felix Baloy (Buena Vista Social Club e Afro Cuban All Stars), e
do “tresero” e arranjador Gumercindo Reyes, o Sabor de Cuba.
Entre os artistas do Distrito Federal – os
anfitriões da festa –, o Grupo Cultural Pé de Cerrado, Baque Folha, Coco dos
Encantados, com participação especial de Nãnan, Orquestra Alada Trovão da Mata,
Sambadeiras de Roda, Calango Careta e a Quadrilha Junina Si Bobiá a Gente
Pimba.
Os curadores do Festival - Carla Landim e
Pablo Ravi - são pesquisadores da cultura indígena e afro-brasileira. Já
viajaram para todas as regiões do Brasil, colecionando vivências com grupos e
mestres das culturas populares.
Para Pablo Ravi, um dos organizadores da mostra,
o resultado dessa miscigenação é algo que só é encontrado em Brasília e ao
mesmo tempo é importante reconhecer as outras regiões do Brasil nessas mesmas
manifestações tão singulares. “É esse calor que o festival busca oferecer ao
público presente, contribuindo para que as manifestações culturais do DF sejam
reveladas ao público que não conhece essas brincadeiras, grupos, mestres e
brinquedos do nosso quadradinho”, comenta.
As atrações do Festival são resultado da
experiência que os curadores tiveram em Pernambuco, com o povo indígena Fulni-ô
em 2017, onde vivenciaram o Coco de Toré, e na Ilha do Marajó (Pará), em 2019 e
em 2023, em vivências com grupos e mestres do Norte do país.
A Mostra Cultura Candanga é uma proposta de
formação de público para as culturas populares, de ampliar a vivência cultural
das pessoas, de possibilitar a experiência com a cultura genuinamente
brasileira. Além de valorizar a cena da cultura popular do Distrito Federal.
Programação:
Sábado- 31 de maio de
2025
16h Início
17h Calango
Careta (DF)
18h Coco
dos Encantados convida Nanã (DF)
19h Orquestra
Alada Trovão da Mata (DF)
20h Pé
de Cerrado convida Walê Fulni-ô
(PE)
21h Os
Muleques do Carimbó convidam André Nascimento
(PA)
Domingo- 01 de junho de 2025
16h Início
17h Baque
Folha (DF)
18h Sambadeiras
de Roda (DF)
18h40 Cortejo
com o Mestre Zé do Pife (PE)
19h Cláudio
Rabeca (PE)
20h Quadrilha
Junina Si Bobiá a Gente Pimba (DF)
20h30 Sabor de
Cuba (Cuba/DF)
MINIBIOS DAS ATRAÇÕES:
André Nascimento e os Muleques
do Carimbó
Os Muleques do Carimbó são um grupo formado
por filhos e netos de mestres tradicionais do carimbó, uma das manifestações
culturais mais importantes do Brasil, especialmente do Pará. O grupo busca
fortalecer e perpetuar essa herança cultural, trazendo músicas autorais e
clássicas, além de dançarinos que animam o palco. Ao lado do renomado
compositor André Nascimento, conhecido por sua conexão profunda com a cultura
amazônica e por músicas como "Barreira do Mar", o show celebra a
riqueza do carimbó e sua importância na identidade brasileira.
Coco dos Encantados convida
Nãnan
Em Brasília, existe um samba de coco que
percorre essa estrada, pisa a terra vermelha e faz a poeira subir. É o coco de
um povo encantado por essas e outras terras, carregando saudade e o desejo de
celebrar. O bumbo ressoa, o samba é bem cantado, a matraca marca o ritmo da
pisada, e a roda se forma com o Coco dos Encantados.
A puxadora do coco é Lirys Catharina que junto
a outras figuras da música de Brasília, vão convidar Nãnan para abrilhantar
essa sambada boa.
Pé de Cerrado convida Walê
Fulni-ô
Entre tambores, instrumentos de cordas, de
sopro, chocalhos e maracás; pés que dançam e que pisam firmes no chão, e um
coro que ecoa o amor às culturas populares, o Grupo Cultural Pé de Cerrado
celebra uma trajetória de 25 anos.
O grupo nasceu com a missão de pesquisar as
brincadeiras das culturas populares. O espetáculo tem coco, samba, afoxé,
ciranda, maracatu, carimbó e tantos outros ritmos da cultura
brasileira. É um convite ao brincar, a estar em contato com a
criança que cada um tem dentro de si, a se encantar e a sorrir muito. E na
Mostra esse espetáculo estará ainda mais especial, com participação do de
indígenas do grupo Walê Fulni-ô, povo do sertão de Pernambuco, que traz ao
palco a força viva da ancestralidade por meio da música, da dança e dos cantos
sagrados em Yaathê — sua língua nativa. Em apresentações marcantes e
ritualísticas, o grupo envolve o público com percussões pulsantes, vozes que
ecoam saberes ancestrais e uma presença cênica que transcende o entretenimento:
é arte como resistência e celebração da cultura originária brasileira.
Orquestra Alada Trovão da Mata
A Orquestra Alada Trovão da Mata é uma das
manifestações do Fuá de Seu Estrelo, Patrimônio Cultural Imaterial do DF. Tem
como missão cortejar as sagradas figuras do Mito do Calango Voador, escrito
pelo Mestre Tico Magalhães. Uma enfeitada procissão que se utiliza de qualquer
linguagem espetacular – dança, teatro, batuque, canto e sei lá mais o quê, para
levar ao público todo o universo fantástico dessa moderna tradição brasiliense.
Com uma batida singular, o Samba Pisado, a Orquestra Alada encarna a velha
tradição dos cortejos de rua, para trazer ao mundo as fabulosas figuras de
nosso encantado cerrado.
Sabor de Cuba
Sabor de Cuba é um grupo musical que pulsa no
ritmo quente das ruas de Havana e traz para o palco a alma vibrante da música
cubana. A formação conta os cubanos Felix Valoy, filho do ícone Felix Baloy
(Buena Vista Social Club e Afro Cuban All Stars), e do “tresero” e arranjador
Gumercindo Reyes. Com um repertório que mistura son, salsa, rumba e
timba, o grupo transforma cada apresentação em uma verdadeira celebração da
cultura latina. Seus músicos, apaixonados e virtuosos, unem tradição e energia
contemporânea, fazendo do Sabor de Cuba uma experiência sonora irresistível —
daquelas que fazem o corpo dançar antes mesmo que a mente perceba. O grupo
convida o público a embarcar em uma viagem musical direto ao coração do Caribe.
Baque Folha
O Baque Folha é um grupo que envolve na
cultura do Batuque na popular e nas raízes do Maracatu de Baque
virado. Nascido nas terras vermelhas do cerrado, o grupo se dedica a
preservar e difundir a rica manifestação do Maracatu e das tradições populares.
Com raízes profundas na cultura popular brasileira, o Baque Folha mistura o som
dos tambores com a energia vibrante das matas, criando uma experiência única e
envolvente.
O Bater folha é um poderoso rito de renovação
e transformação, uma experiência energética que flui e se conecta com cada
elemento da natureza. E limpar e suavizar a vida, saudar e honrar a força
presente em cada ser, e, acima de tudo, celebrar a potência do fazer coletivo.
Este também é um espaço de aprendizado e
diversão, onde exploramos os diversos sotaques do Maracatu de Baque Virado,
além do Côco, Ciranda e outras manifestações culturais e musicais populares do
nosso país.
É sobre abraçar a felicidade sem medo!
Cláudio Rabeca
Cláudio Rabeca é um dos maiores nomes da
rabeca no Brasil, com mais de 22 anos de carreira. Natural do Rio Grande do
Norte e radicado em Pernambuco, ele é cantor, compositor, luthier, produtor
musical e um dos principais responsáveis por levar a rabeca — tradicional
"prima do violino" nordestina — para o palco da música contemporânea.
Com um estilo que mistura forró, frevo, baião
e até rock, Cláudio é conhecido por suas performances energéticas e inovadoras.
Ele já excursionou por diversos países, incluindo Bélgica, México, Holanda,
Estados Unidos e Canadá, e é reconhecido por sua habilidade em mesclar ritmos
tradicionais com influências globais.
Entre os principais grupos de sua trajetória,
destacam-se Quarteto Olinda, Maracatu Nação Estrela Brilhante e Cavalo Marinho
Estrela de Ouro de Mestre Biu Alexandre de Condado.
Em seus shows, o público é convidado a
embarcar em uma jornada sonora única, que celebra a beleza e a força da música
nordestina, enriquecida por uma abordagem contemporânea e ousada. Com sua rabeca,
Cláudio transforma cada apresentação em uma experiência inesquecível, onde a
tradição encontra a inovação e a emoção transborda.
Mestre Zé do pife
O Mestre Zé do Pife viveu mais de 30 anos em
Brasília, deixando um legado único. Atualmente está vivendo em Pernambuco, mas
vai visitar nosso quadradinho que está cheio de saudade e vai fazer um cortejo
lindo na Mostra Cultura Candanga.
Mestre Zé do Pife é um ícone da cultura
popular nordestina, reconhecido por transformar o som da flauta artesanal — o pife
— em pura poesia sonora. Com carisma, sabedoria e mais de sete décadas de
estrada, ele encanta plateias com sua música feita à mão e alma, celebrando as
raízes do Brasil profundo.
Calango Careta
O coletivo Calango Careta reúne cerca de 100
artistas e é formado por três frentes principais: a Orquestra Camaleônica, a
Capivareta Repercussiva e a Trupe Quéro-Quéro. Desde 2015, o grupo combina
música, circo e performance em apresentações marcadas por composições autorais,
ritmos brasileiros e expressões da cultura popular.
Com ensaios e oficinas abertos à comunidade, o
Calango Careta promove trocas artísticas constantes e apresentações vibrantes
que misturam humor, dança, teatro e música. Cada intervenção é uma celebração
coletiva que encanta o público com energia contagiante e forte presença cênica.
Sambadeiras de Roda
O coletivo Sambadeiras de Roda é formado por
mulheres negras do Distrito Federal, idealizado por Regina Salgado e Camila
Ferreira. As Sambadeiras tocam, cantam e dançam cantigas do Samba de Roda,
tendo como principal referência o Samba de Roda Rural. Promovem oficinas
abertas e apresentações que celebram a ancestralidade e a resistência cultural.
Mais do que preservar uma tradição, o grupo
atua como agente de transformação social, levando arte e acolhimento a mulheres
e crianças em situação de vulnerabilidade nas periferias do DF. Esse trabalho
rendeu ao coletivo o Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos em 2024, na
categoria Arte e Cultura. Com energia vibrante e propósito político, as Sambadeiras
de Roda transformam cada roda em um espaço de cura, empoderamento e celebração
da cultura negra brasileira.
Quadrilha Junina Si Bobiá a Gente Pimba
Fundada no ano de 1992, na comunidade de
Samambaia, a Quadrilha Junina Si Bobiá a Gente Pimba em seus 33 anos, visa
propagar o espírito junino, decorrente de experiências vividas e incessantes
pesquisas realizadas por todo o seu elenco ao longo de sua trajetória. A
Quadrilha Junina Si Bobiá a Gente Pimba tem como principal objetivo a
manutenção das tradições dos festejos juninos, um movimento da cultura popular
em nosso país, presente em mais de 22 estados. Também está entre seus objetivos
o lado social, com a inserção e recolocação de jovens em um ambiente
socioeducativo e cultural.
Serviço:
4ª MOSTRA CULTURA CANDANGA
Data: 31 de maio e 01 de junho, sábado e
domingo, a partir das 16h.
Local: Feira da Torre de TV
Entrada Gratuita.
Siga o evento nas redes sociais:
@culturacandangadf

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