Espetáculo Pedra(p)Arida apresenta tema tocante sobre a opressão feminina em diversos contextos
| PedrapArida. Foto: Divulgação |
Solo da atriz Camila Guerra estreia em Brasília em março no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul). A produção conta com o
patrocínio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal por
meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF)
A violência física e
psicológica – gaslighting, a dor, os amores e desamores, sabores e dissabores,
a objetificação e a opressão contra as mulheres são temas expostos em cena de
maneira visceral e reflexiva. No palco, uma mulher (Camila Guerra) dá vida a
vários contextos de opressão ao sexo feminino e celebra a existência do gênero
destacando a ancestralidade e as lutas que permeiam o “ser mulher” neste
mundo.
Tendo como mote estes
contextos, o diretor e coreógrafo brasiliense Édi Oliveira, a dramaturga
Ana Flávia Garcia e a atriz e roteirista Camila Guerra criaram a peça de
dança-teatro intitulada Pedra(p)Arida. O projeto que que conta com o patrocínio da Secretaria de Cultura e Economia
Criativa do Distrito Federal por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) terá estreia presencial no dia 18 de março, sexta-feira (somente
para convidados), no Teatro Galpão do Espaço Cultural Renato Russo (508 sul).
Nos dias 19 e 20 do mês, sábado e domingo, será aberto ao público no local.
Sessões sempre às 20h. Ingressos: R$ 10 (meia-entrada). Vendas antecipadas para
o dia 19 em: https://www.sympla.com.br/espetaculo-pedraparida-apresenta-tema-tocante-sobre-a-opressao-feminina-em-diversos-contextos__1488525.
Para o dia 20 em:https://www.sympla.com.br/espetaculo-pedraparida-apresenta-tema-tocante-sobre-a-opressao-feminina-em-diversos-contextos__1491098. Não recomendado para menores de 18 anos. Informações: Instagram:
@pedraparida. Apoio: Centro de Dança do DF, Colégio Paulo
Freire e Espaço Cultural Renato Russo - 508 Sul.
Inspirada no livro Syngué Sabour, do escritor franco-afegão Atiq Rahimi, e no filme intitulado em português A Pedra da Paciência, também dirigido pelo autor, a atriz brasiliense Camila Guerra se inspirou, em 2017, nessas obras para estudar a fundo o universo feminino, suas nuances, seus medos, suas glórias, ânsias, repressões.
No filme A Pedra da Paciência, passado no Afeganistão destruído pela guerra, uma mulher conta seus sofrimentos, sonhos, desejos e segredos para seu marido, um herói de guerra que está em coma. Com esse desabafo, ela tenta encontrar um caminho para recomeçar a vida.
Tendo como base
inicial o longa, Pedra(p)Arida ganhou várias dimensões e
profundidades que fizeram a atriz e equipe refletirem sobre as dores,
repressões ao gênero feminino desde sua existência.
“O filme me comoveu
muito. Foi o ponto de partida. Mas, nossa peça não é uma réplica do filme.
Foram muitos estudos e reflexões no intento de não cairmos no clichê de
uma mulher de uma determinada cultura julgar a alteridade exposta em outras
culturas. Pesquisamos muito sobre o Afeganistão. Também discutimos a condição
feminina no Brasil. O intuito é deflagrar questões latentes, pois toda mulher
no mundo em algum nível já foi violada. E que nossa emancipação real passa por
‘tirar esses véus’ de diversas situações nada confortáveis que a sociedade
patriarcal impõe há séculos”, declara a atriz Camila Guerra.
No palco, o público
poderá presenciar estes recortes reflexivos e poéticos, que colocam em
evidência essa mulher oprimida/objetificada cheia de sonhos e desejos de se
libertar. Em cena, os objetos se ressignificam constantemente, de modo a
sugerirem metáforas, símbolos e imagens pungentes, duras e poéticas que fazem
com que os desdobramentos temáticos desaguem uns nos outros.
“No processo
colaborativo de criação da dramaturgia optamos por mixagens
narrativas com interferências de mulheres históricas, emblemáticas, de
geografias diferentes. Fizemos uma escolha coletiva de não fazer citações
sobre a localização do espaço, dos territórios. O espetáculo deságua como
os fluxos das águas em contraposição à aridez (pedra-terra)”, explica a
dramaturga Ana Flávia Garcia.
E uma trilha sonora de ruídos marcantes promete impactar ao acompanhar a
intérprete que dança, fala, se indigna e também silencia.... Cala!
“ O lugar de fala é delas. Então, tive todo o cuidado de ouvir e pensar em cada detalhe. Começamos este processo há seis meses, e fomos, por meio de improvisações, alinhando as percepções sobre o tema. É uma peça que, de fato, coloca uma faca, um punhal sem filtros nas questões que as mulheres vivem desde sua ancestralidade. Neste trabalho, tiramos mesmo o véu para promover a reflexão e o acolhimento”, pontua o diretor Édi Oliveira, que contou com a assistência de direção da atriz e coreógrafa Juliana Drummond.
Serviço: Espetáculo Pedra(p)Arida estreia com tema tocante sobre a opressão feminina
Data:18*, 19 e 20 de março de 2022
Local: Teatro Galpão do Espaço Cultural Renato Russo (508 sul)
Horário: Sexta e sábado às 20h e domingo às 19h
Ingressos: R$ 10,00 (meia-entrada)
Informações: Instagram: @pedraparida
Não recomendado para menores de 18 anos.
obs: a estreia no dia 18 de março será somente para convidados.
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