Ok, O Lado Bom Da Vida


Resolvi colocar para tocar John Coltrane My Favorite Things (1961) enquanto escrevo. Não irei escrever sobre ele, e sim falar de um filme que passou em 2012 e resolvi assistir ontem (18). No elenco ator Bradley Cooper, Robert De Niro (que eu particularmente admiro) e atriz Jennifer Lawrence.

Filmes baseados em livros me chamam atenção. O Lado Bom da Vida não vendeu horrores mundo afora e é o primeiro livro do autor. Indo mais além, seus protagonistas sofrem de certo, digamos, problema mental. Ou seja, tirando o seu nome, o otimismo passa meio longe. Mas é aí que está à essência da história ou não.

Na história criada por Matthew Quick, Pat (Cooper) perdeu a cabeça diante de uma surpresa e acabou perdendo também o trabalho, a casa e a esposa. Internado durante um tempo em um sanatório, ele sai de lá, volta a viver na casa dos pais, mas acredita que poderá recomeçar, bastando - para isso - reconquistar a ex-esposa. Mas uma mulher chamada Tiffany (Lawrence) igualmente problemática surge na sua vida através de um amigo e o futuro recém desenhado por ele já não tem o mesmo traço do primeiro rascunho. A mulher lhe promete ajudar na tarefa de reconquista a ex-esposa. Uma inesperada ligação começa a uni-los.

Adaptado e dirigido por David O. Russell (O Vencedor), o roteiro é diferente do livro, é mais objetivo e funciona, mesmo que para alguns possa soar previsível. Para quem leu, porém, existe uma perda significativa pois "o cenário" aos olhos do protagonista é mais envolvente no livro. A história me chamou muita atenção em três aspectos abordados, primeiro mesmo no auge da sua loucura você pode ser feliz, segundo independente do problema que esteja passando você define o destino da sua vida a sua história e é claro o amor aparece onde menos espera, apenas veja o sinal.

·                     Como;

·                     Com quem;

·                     E o que gostaria de fazer.

A trilha sonora é bem interessante, um cardápio com clássicos de Dave Brubeck Quartet ("Unsquare Dance"), passando por Led Zeppelin, Bob Dylan e indo até sons mais atuais, como "Fell in Love with a Girl", do The White Stripes. Além de citações de Metallica e Megadeth como terapia para um casório chato, a curiosidade vai para a música-paranoia que causa efeitos colaterais em Pat (Essa parte confesso que achei hilário). No filme é "My Cherie Amour" (Stevie Wonder), enquanto no livro é "Songbird" (Kenny G), que é mais emblemática no quesito "mexer com a cabeça da vítima". 

Como dizem por aí: “De Louco Todo Mundo Tem Um Pouco”. Para quem não viu, Ela Fala Dos Bastidores recomenda.

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