Teatro do CCBB Brasília é palco para nova montagem de Fim de Partida sob a direção de Eid Ribeiro
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| Foto: André Veloso |
Espetáculo
baseado no texto do dramaturgo Samuel Beckett traz o mundo sombrio e
angustiante do autor irlandês vivido por dois palhaços: pai e filho
A estreia ocorre no Teatro do CCBB Brasília
dia 28 de março, onde cumpre temporada até 21 de abril, com sessões de sexta a
segunda, sempre às 19h. Os ingressos, a partir de R$ 15 a meia-entrada, podem
ser adquiridos a partir de 23 de março na bilheteria física do CCBB Brasília ou
pelo site www.bb.com.br/cultura.
Eid Ribeiro, um dos mais relevantes artistas
do teatro brasileiro, retorna a um dos mais conhecidos textos de Beckett, já
levado aos palcos pelo diretor mineiro nos anos 1980. Ao revisitar “Fim de
Partida”, Eid inova tendo, desta vez, dois palhaços da Trupe Garnizé como
protagonistas: Francisco Dornellas e seu filho Victor. Completam o elenco, em
participações especiais, João Santos e Marina Viana.
“Fim de Partida” busca provocar uma simbiose
entre o personagem da ficção beckettiana e a linguagem da palhaçaria, com duas
narrativas que percorrerão caminhos paralelos, mas que se identificarão em
determinados momentos, praticando um jogo de ironia e escárnio, rindo do
trágico destino traçado para a humanidade.
O espetáculo foi escrito por Beckett num
contexto pós-catástrofes, após duas guerras mundiais. Sobre os destroços e os
entulhos do nazifascismo, Beckett desloca o olhar sobre este plano de
destruição e envenenamento social e escreve, entre 1954 e 1956, uma peça sobre
as relações tóxicas, servis e parentais. No espaço fechado de um bunker, as
duas personagens principais, Hamm e Clov, agem e dialogam num jogo de
repetições próprio da comédia burlesca.
A nova montagem de Ribeiro traz um Beckett com
tons de comédia, sem deixar de ser profundamente humano. Em cena, Francisco
Dornellas (78) vive Hamm e contorna as dificuldades motoras e cognitivas
ocasionadas por dois AVCs recentes sofridos pelo ator. Para superar os
desafios, Chico conta com recursos tecnológicos e o auxílio do filho, Victor
Dhornelas, que divide os palcos com seu pai desde a infância.
“Queremos mostrar que Samuel Beckett é um
escritor e poeta visionário. À medida que o tempo passa, sua criação se torna
cada vez mais atual diante do mundo em que vivemos. E nada melhor que a
sabedoria de um velho palhaço para narrar a sua história. Esperamos, assim, que
o nosso Fim de Partida seja uma ode de amor ao teatro, como também demonstrar a
possibilidade de enaltecer a vida através da arte”, explica Eid Ribeiro.
O resultado pode ser visto como um espetáculo
que navega rumo ao acaso e à improvisação, mas com pontual elaboração em
determinados momentos. “Enquanto o mundo caminha para a extinção, no premonitório
planeta Beckettiano, onde os seres humanos não conseguem se comunicar apesar de
falarem pelos cotovelos, o humor e o riso fazem parte dessa nossa tragédia. E
nada melhor que ter ao lado a companhia de dois palhaços. Por que não? A
estrada é longa, cheia de curvas e encruzilhadas onde podemos nos perder”,
reflete o diretor.
Sobre Eid Ribeiro
Eid José Ribeiro Aguiar é um dos
artistas mais relevantes da cena artística mineira e nacional. Nascido em
Caxambu em 1943, o dramaturgo, roteirista e diretor teatral já dirigiu e
escreveu para coletivos como Grupo Galpão, Grupo Teatro Delle Radici (Suíça),
Grupo Trama, Cia Acômica e Grupo Armatrux. Foi ainda fundador do Grupo Geração,
coletivo teatral que atuou na resistência à ditadura militar no Brasil,
repórter e colunista de diversos jornais mineiros e fluminenses e curador e
diretor de programação do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de
Belo Horizonte.
Um dos artistas veteranos mais
atuantes do cenário mineiro, Eid Ribeiro marca sua obra com um estilo
inconfundível, que traz referências que vão do teatro moderno norte-americano e
europeu aos circos mambembes do Brasil; do experimental ao popular; do grotesco
ao sublime; do existencial ao político. Como dramaturgo, seus primeiros textos
foram escritos durante sua internação no Sanatório dos Bancários, por
decorrência de uma tuberculose, onde fez teatro com outros internos.
Ingressando posteriormente no Teatro Universitário, em 1965, Eid passa a fazer
parte de uma geração importante de autores que inclui nomes como Alcione Araújo
e José Antônio de Souza. Desde então, seus textos já foram encenados por
diversos grupos e diretores espalhados pelo país, vencedores de vários
concursos e prêmios.
O CCBB Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil
Brasília foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, e está sediado no Edifício
Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, e tem o objetivo de
reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.
Com projeto paisagístico assinado
por Alda Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de
convivência, bistrô, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e
jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições
de filmes e performances.
Além disso, oferece o Programa
Educativo CCBB Brasília, programa contínuo de arte-educação patrocinado pelo
Banco do Brasil que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o
visitante da programação em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB),
acolhendo o público espontâneo e, especialmente, milhares de estudantes de
escolas públicas e particulares, universitários e instituições, ao longo do
ano, por meio de visitas mediadas agendadas, além de oferecer atividades de
arte e educação aos fins de semana.
Desde o final de 2022, o CCBB
Brasília, se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a
certificação ISO 14001, sendo que no ano de 2023, obtivemos a renovação anual
da certificação, como reconhecimento do compromisso com a gestão ambiental e a
sustentabilidade.
A conquista atende à Ação 24 da
Agenda 30, que tem por objetivo reforçar a gestão dos programas, iniciativas e
práticas ambientais e de ecoeficiência do BB e demonstra o alinhamento do CCBB
Brasília a estratégia corporativa do BB, enquanto espaço de difusão cultural
que valoriza a diversidade, a acessibilidade, a inclusão e a sustentabilidade
porque transformar vidas é parte da nossa cultura.
Serviço:
Fim de Partida
Local: Teatro do Centro Cultural
Banco do Brasil Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22
– Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul
Temporada: de 28 de março a 21 de
abril de 2024
Horários: de sexta-feira a
segunda-feira, sempre às 19h
Ingresso: R$ 30 (inteira), e R$
15 (meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com
deficiência (e acompanhante, quando indispensável para locomoção), adultos
maiores de 60 anos e clientes BB), à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria
física do CCBB Brasília, a partir de 23 de março
Capacidade do teatro: 327 lugares
(sendo 7 espaços para cadeirantes e 3 assentos para pessoas portadoras de
obesidade)
Duração: 135 minutos, com 10
minutos de intervalo
Classificação indicativa: não
recomendado a menores de 16 anos
Informações: fone: (61) 3108-7600
| e-mail: ccbbdf@bb.com.br | site/ bb.com.br/cultura | Instagram/
@ccbbbrasilia | YouTube/ Bancodobrasil
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