Projeto Curumins leva indígenas para escolas no DF e entorno
| Foto: Divulgação |
Grupo
Walê Fulni-ô promove um intercâmbio cultural em 32 escolas públicas e privadas
para apresentar suas habilidades artísticas
Há 27 anos, o projeto
Curumins promove uma grande interação cultural entre estudantes, professores e
o Grupo Cultural Indígena Fulni-ô, etnia de Pernambuco. Até 24 de abril, 32
escolas públicas rurais e urbanas do Distrito Federal e entorno irão receber representantes
do povo Fulni-ô para uma vivência com o objetivo de sensibilizar a alunos,
professores e funcionários sobre a realidade indígena brasileira.
Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do
Distrito Federal (FAC/DF), o projeto “Curumins” segue as diretrizes da lei que
determina o ensino de Cultura Indígena nas escolas.
O objetivo da ação, de forte caráter
sócio-educativo, que já realizou mais de 1,3 mil apresentações, é fazer com que
a garotada se familiarize com a realidade dos povos que ajudaram a formar a
base da sociedade brasileira.
A primeira parte do encontro conta com uma
palestra lúdica, descontraída e interativa, realizada pelos arte-educadores
Pablo Ravi e Daniel Santos, que, além da experiência como professores, também
possuem experiência profissional junto à FUNAI - entidade nacional responsável
pelos interesses indígenas. A ideia é despertar o senso crítico e trazer novas
reflexões sobre a comunidade indígena brasileira.
A segunda etapa é ainda mais divertida, com
apresentações de danças, canções e rituais Fulni-ô para alunos, professores e
funcionários das escolas, fazendo que todo mundo, literalmente, entre na roda.
Brincando, se divertido e interagindo, todos aprendem histórias desse povo e um
pouco da língua nativa Yatê.
Para difundir ainda mais os costumes e as
tradições da etnia indígena, uma exposição de artesanato será montada durante a
passagem do Grupo Walê Fulni-ô pela escola. Uma lembrança marcante dessa
experiência poderá ser adquirida, desde brinquedos, artesanatos, brincos,
apitos, chocalhos, flautas e cocares, que estarão à venda.
O projeto conta também com um reforço no
conteúdo: o documentário “Curumins”, disponível no YouTube da Associação
Cultura Candanga. O curta, com 17 minutos, mostra como vivem dois povos: os
Kamayurá em Mato Grosso, com aproximadamente 500 indígenas, e o povo
Fulni-ô, em Pernambuco, que situa-se no município de Águas Belas, que produzem
artesanatos e diversos serviços feitos na cidade e na própria aldeia. O
intuito é que toda criança tenha acesso ao documentário e passe a entender um
pouco mais como vivem as crianças (curumins) indígenas.
A iniciativa é um reconhecimento da
importância dos indígenas na formação do povo brasileiro. Atualmente, existem
no Brasil 305 etnias indígenas, mostrando a imensa diversidade dessa cultura.
“Queremos que os alunos saiam um pouco dos livros e vivenciem esse contato
direto com os indígenas, quebrando preconceitos e estereótipos, levando cultura
para as escolas, ouvindo suas histórias e aprendendo um pouco da cultura
indígena”, diz o também arte-educador Pablo Ravi, coordenador do projeto e
diretor do documentário Curumins. “Esse projeto é para que todos possam ter
conhecimento de suas raízes, entender um pouco mais sobre a história do Brasil
e também servir de exemplo para nossas crianças e professores. Um ganho
coletivo para as crianças que aprendem mais e para os indígenas, que podem
divulgar sua cultura e expor seus artesanatos”, explica.
Sobre o Documentário
Título: Curumins (Original)
16 min, ano 2020, Brasil;
Direção: Pablo Ravi / produção: Associação
Cultura Candanga / roteiro: Pablo Ravi;
Trilha Sonora: Pablo Ravi;
Elenco: Povo Fulni-ô PE e Povo Kamayura MT.
O documentário Curumins busca desconstruir
preconceitos e estereótipos sobre os povos nativos brasileiros, numa linguagem
acessível a todos os públicos, especialmente crianças e adolescentes.
O filme apresenta dados gerais essenciais,
além das particularidades de duas etnias bem diferentes uma da outra: Fulni-ô,
que vive em área urbana e Kamayurá – mais isolada- que vive na maior reserva
indígena do Brasil, no Parque Indígena do Xingu.
O vídeo traz grande conhecimento
interdisciplinar, mas transcende o científico: tem uma mensagem que promove
respeito à diversidade. Ao mesmo tempo em que apresenta as singularidades,
aproxima indígenas e não-indígenas, porque apresenta a beleza que existe nas
trocas entre culturas- em busca de um mundo mais sustentável, mais justo e
fraterno.
DOCUMENTÁRIO
Serviço
Projeto Cultura Indígena
nas Escolas com o Grupo Walê Fulni-ô
Até 24 de abril
Locais e Horários: CONSULTAR
CRONOGRAMA ANEXO OU instagram do @grupowaleoficial e da @culturacandangadf
Gratuito
Informações: projetowale@gmail.com
CI- Livre
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