Senado aprova ajuda de R$125 bi para financiar ações contra o Coronavírus nos estados, municípios e no DF
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| Foto: William Sant'Ana |
Emendas do senador Izalci garantem mais recursos para
o DF e mantém o direito de reajuste para servidores da saúde, das forças
armadas e militares
A ajuda emergencial, prevista pelo projeto de lei
complementar 149/2020, foi aprovada neste sábado (2) em sessão remota
extraordinária realizada pelo Senado. Os parlamentares acataram o substitutivo
do relator, Davi Alcolumbre (MDB/AP), que prevê a distribuição de R$ 125
bilhões para melhorar o caixa dos entes federativos que estão passando por
dificuldades financeiras e precisam de socorro.
Dessa forma, R$ 60 bilhões vão para os estados, municípios e
o Distrito Federal para compensar a perda de arrecadação provocada pela
pandemia. Além desse repasse, os estados e municípios serão contemplados com a
liberação de R$ 49 bilhões por meio da suspensão e renegociação de dívidas com
a União e com bancos públicos e terão outros R$ 10,6 bilhões pela renegociação de
empréstimos com organismos internacionais, que têm aval da União.
Os municípios serão beneficiados, ainda, com a suspensão do
pagamento de dívidas previdenciárias que venceriam até o final do ano. Essa
medida foi acrescentada ao texto durante a votação, por meio de emenda, e
deverá representar um alívio de R$ 5,6 bilhões nas contas das prefeituras.
A liberação dos R$ 60 bilhões será feita em quatro prestações
mensais, sucessivas e de igual valor. Desses recursos, R$ 10 bilhões deverão
ser destinados a ações de saúde pública e de assistência social, sendo que R$ 7
bilhões irão para os estados e o Distrito Federal e R$ 3 bilhões diretamente
para os municípios. O rateio dos R$ 7 bilhões será feito de acordo com a taxa
de incidência da Covid-19 e com o número de habitantes, uma vez que uma taxa
alta significa grande possibilidade de colapso do sistema de saúde.
Em defesa da Saúde e da segurança
Os parlamentares apresentaram 203 emendas. Foram acatados textos de três
emendas do senador Izalci Lucas (PSDB/DF). Um deles para proteger os servidores
das áreas da saúde e da segurança. A emenda de Izalci exclui esses
profissionais da suspensão de reajustes prevista no projeto. Izalci destacou
que os servidores desses dois setores são pilares do sistema de enfrentamento da
pandemia e não podem ser prejudicados por essa medida.
“Sem a ação desses profissionais, o país estaria vulnerável
aos efeitos perniciosos da contaminação descontrolada e a consequente desordem
pública. Os essenciais serviços de saúde e segurança são mantidos por esses
profissionais, que estão na linha de frente do combate à pandemia e, por isso
mesmo, sujeitos a maior risco de contágio pelo Coronavírus”, avaliou ao
relembrar a longa espera das forças policiais do DF pelo reajuste cujo projeto
ainda aguarda votação no Congresso.

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