Como Enlouquecer seu Chefe, só que não.



Essa semana, assisti ao filme “Como Enlouquecer seu Chefe”, em inglês “Office Space”. Como havia prometido, este texto será uma ponte com o texto anterior, “Inteligência Emocional”; um sintoniza com o outro. O filme em inglês se refere ao ambiente de trabalho, a história não tem a ver com o título em português, pois na verdade o que existe é o enlouquecimento dos funcionários.
A crítica é justamente ao excesso de burocracia, ao sub-aprofeitamento dos profissionais e à forma como eles trabalham, refletida até no formato das baias, que é físico, mas também psicológico: cada um na sua caixinha. Fazendo mecanicamente sua função, sem avaliação da produtividade, as pessoas seguem insatisfeitas. O filme é uma comédia americana de 1999, escrita e dirigida por Mike Judge, criador da famosa série de desenho animado Beavis and Butthead, exibida na MTV. O filme satiriza a vida no trabalho de uma típica companhia de desenvolvimento de software durante o final da década de 1990 e ainda se encaixa direitinho com os tempos de hoje.
Conforme havia escrito no texto anterior, como é fácil um líder, chefe, entre outros, fazerem justamente ao contrário do que falam dentro de uma empresa, organização, etc. É fácil pedir lealdade e trabalho árduo e no final acontecer o contrário do que aqueles que trabalharam dia e noite esperavam. Os liderados por sua vez irão cumprir sua rotina de forma burocrática, sem ânimo algum, sem envolvimento, sem colaboração e a liderança acaba sendo fraquíssima.
No filme, o chefe encara os funcionários apenas como subalternos em quem ele dá ordens, humilha e maltrata. E quando essa engrenagem apresenta sinais de fraqueza o que eles fazem? Chamam ajuda externa de um consultor que é tão sem visão quanto eles, que se apega a fórmulas pra avaliar as pessoas e os serviços que ela desempenha. Vendem falsas soluções que só penalizam os funcionários, como demissão, exoneração, etc.
O que mais achei engraçado no filme é que justamente um funcionário que deu o sangue acaba surtando e resolve dar a mínima à empresa e ao chefe é justamente o que se destaca e é promovido. Aquele que no final não vestiu mais a camisa da empresa. E os que eram extremamente cautelosos fiéis, trabalhavam por horas e respeitavam o chefe foram os demitidos.
Não esquecendo de um personagem que se chama “Milton”, que era constantemente perseguido pelo seu chefe e ridicularizado pelos colegas. Sofria assédio moral o tempo todo. Mas o melhor desta parte foi que ao final ele foi o que se deu bem. A justiça foi feita, porém, vou deixar que vejam o filme.
Resumindo, o personagem principal do filme enrola muitas horas pra trabalhar; na semana inteira ele só produz pra valer durante 15 minutos, enquanto Milton sofre bullying. Casos que existem até hoje dentro de locais de trabalho.

Segue o trailer em inglês e um pedaço do filme com legenda:

Trailer:

Parte do filme com legenda:


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