Sandra Pêra em Belchior no Clube do Choro
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| Foto: Maria Abraços |
Dia
15 de março, às 20h30
Acessibilidade com LIBRAS,
audiodescrição, acesso PCD, monitor de neurodiversidade
Ela é cantora, compositora, atriz e diretora. Nascida em uma família de
artistas, fez imenso sucesso – e o Brasil inteiro a dançar no final dos anos
1970 –, como uma das integrantes do famoso grupo As Frenéticas.
Com essa trajetória na bagagem,
Sandra Pêra traz para palco do Clube do Choro, em Brasília, no próximo dia 15
de março, o show “Sandra Pêra em Belchior”, com um vasto repertório em
homenagem ao cearense Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, falecido
em 2017.
Com direção de Amora Pêra, filha de
Sandra com o cantor e compositor Gonzaguinha, o show é baseado em seu álbum
homônimo estreou em setembro de 2022 no Rio de Janeiro e já percorreu Belo
Horizonte, Porto Alegre, São Paulo, Jundiaí, Fortaleza, Sobral.
O repertório de 17 canções
compostas por Belchior é marcado por clássicos como “Paralelas”, “Medo de
avião”, “Todo sujo de Batom”, “A palo seco”, “Velha roupa colorida”,
“Mucuripe”, “Galos, noites e quintais”. Também não poderia faltar “Sujeito de
sorte”, cujo verso “... ano passado eu morri, mas esse ano eu morro...”, tirado
de uma poesia do repentista paraibano Zé Limeira, marcou os brasileiros no
recente período da pandemia.
Amiga de Belchior, Sandra Pêra
conta que o repertório foi concebido sob a inspiração de outros compositores
emblemáticos da MPB. Assim, a cantora tomou a liberdade de incluir no show suas
interpretações para canções de Gonzaguinha (Eu apenas queria que você
soubesse), Fernando Lobo (Chuvas de verão), Dominguinhos – em rara parceria com
Djavan (Retratos da vida), Marisa Monte e Arnaldo Antunes (Não vá embora), e
Paulinho Moska (Somente nela), além de uma canção autoral em parceria com
Guilherme Lamounier (Se pode criar).
O retorno musical de Sandra Pêra
acontece após um hiato de 38 anos sem gravar. Mas durante este período ela
marcou presença nos palcos do teatro (inclusive como diretora do megassucesso “Acredite, Um Espírito Baixou em Mim”), no cinema e na
televisão.
Trajetória
Nascida em uma família de atores de
teatro e irmã de um dos ícones dos palcos brasileiros (Marília Pêra), Sandra
Pêra tem uma trajetória marcada por múltiplas performances na cena cultural do
país. Musicais e peças de teatro, como “A Vida Escrachada”, de Joana Martini e
Baby Stompanato (1971); “Pobre Menina Rica” (1972), com direção de Carlos Lyra;
“Jesus Cristo Superstar” (1973), “Pippin” (1974) e “A Verdadeira História da
Gata Borralheira” (1976), estão na lista de suas primeiras atuações. Também
trabalhou como backing vocal da cantora e compositora Angela Ro Ro no Festival
de Rock de Saquarema, em 1976. Na época, Sandra dividia apartamento com a atriz
e cantora Zezé Motta.
Convidada por Nelson Motta, Sandra
Pêra trabalhou na boate Frenetic Dancing Days, no Rio de Janeiro, tendo ao seu
lado as atrizes Regina Chaves, Dhu Moraes e Leiloca Neves. Elas trabalhavam
como garçonetes e, no fim da noite, faziam um show com canções ensaiadas por
elas com o músico Roberto de Carvalho, como “Dançar pra Não Dançar”, de Rita
Lee, e “Back in Bahia”, de Gilberto Gil. Por conta do nome da boate, o grupo
passou a se chamar “As Frenéticas”. O figurino delas foi desenhado por Marília
Pêra. Com o fim do Dancing, em 1977, elas foram contratadas pela WEA para
gravar um compacto duplo com a canção “A Felicidade Bate a Sua Porta”, de
Gonzaguinha e um pout-pourri com alguns
rocks que elas cantavam no Dancin'.
A música de Gonzaguinha estourou
nas rádios e elas gravaram o primeiro LP, simplesmente intitulado “Frenéticas”,
com as duas faixas e canções inéditas de Rita Lee (Fonte da Juventude), Nelson
Motta (Pessoal Intransferível) e do Dzi Croquette Wagner Ribeiro (Vingativa).
Nelson e Rita também compuseram juntos (com Roberto de Carvalho) o maior
sucesso do disco, “Perigosa”. Em plena ditadura, a canção quase foi censurada.
A temporada de lançamento do disco, no Teatro Teresa Rachel, no Rio de Janeiro,
foi um grande sucesso. Elas receberam o Disco de Ouro, por mais de 300 mil
cópias vendidas.
Após deixar as Frenéticas, Sandra
gravou um disco solo, “Sandra Pêra” (Warner, 1983), trabalho que completa 40
anos atualmente. Atuou como atriz em algumas novelas e programas
humorísticos na Rede Globo, mas seu trabalho se deu principalmente no teatro.
Fez, entre outras peças, “O Reverso da Psicanálise” (1988)[9], ao lado de Yoná
Magalhães e Luiz Fernando Guimarães; “Mãe Genti” (2000), de Ivaldo Bertazzo,
com Rosi Campos e Zeca Baleiro[10]; “A Saga da Senhora Café” (2002), de Helóisa
Perissé; “Capitães de Areia” (2005); “O Preço” (2007), com direção de José
Possi Neto e mais recentemente, “A Porta da Frente” (2018), ao lado da atriz
Miriam Mehler.
Sandra também dirigiu algumas
peças, entre elas “Acredite, Um Espírito Baixou em Mim”, com os atores mineiros
Ílvio Amaral e Maurício Canguçu, que está há 20 anos em cartaz, tendo sido
apresentada em mais de 400 cidades e vista por mais de 3 milhões de pessoas. No
cinema, atuou em filmes como “Agonia” (1978), de Júlio Bressane, e “Dias
Melhores Virão” (1989), de Cacá Diegues. Em 2004, Sandra assinou a direção do
show “Baiana da Gema”, da cantora Simone.
Em 2008, Sandra lançou pela Editora
Ediouro o livro “As Tais Frenéticas: Eu Tenho uma Louca Dentro de Mim”,
biografia do grupo. O livro tem prefácio do doutor Drauzio Varella. Em 2016,
Sandra estreou ao lado de Dhu Moraes, sua amiga desde antes de Frenéticas (elas
se conheceram no musical Pobre Menina Rica, em 1972), o show “Duas Feras
Perigosas”, com roteiro e direção do jornalista Rodrigo Faour. No espetáculo,
elas cantam sucessos das Frenéticas, músicas de musicais em que atuaram e
composições da MPB contemporânea. Em março de 2019, o show foi lançado em DVD
pela Biscoito Fino.
Em dezembro de 2018, ao lado de Dhu
e Leiloca, representou as Frenéticas no musical “70.doc – Década do Divino
Maravilhoso”, que conta a história dos anos 70 por meio da música e estreou com
grande sucesso no Theatro Net Rio. O espetáculo migrou para o Theatro Net São
Paulo em março de 2019, contando também com a participação da cantora Baby do
Brasil. Em junho de 2021, Sandra lançou, também pela Biscoito Fino, o disco
“Sandra Pêra em Belchior”, todo dedicado à obra do compositor cearense que,
segundo a lenda, compôs seu hit "Medo de Avião", inspirado pela
ocasião em que estiveram juntos num mesmo vôo, do Rio a Fortaleza. O disco
contém participações especiais de Ney Matogrosso, Juliana Linhares e Zeca
Baleiro. Mauro Ferreira, crítico musical do G1, elogiou o trabalho, dizendo se
tratar de um "disco muito valorizado pelos arranjos e pelo tratamento
dramatúrgico do repertório".
Belchior:
Antônio Carlos Gomes Belchior
(Sobral, Ceará, 1946 – Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, 2017). Compositor,
cantor, pintor, desenhista, caricaturista. Uma das maiores estrelas da Música
Popular Brasileira surgida nos anos de 1970. Com letras que falavam de amor mas
que ao mesmo tempo de questões sociais, plenas de citações literárias e da
cultura pop, Belchior foi o responsável por hits imortais da mpb, como “Apenas
um Rapaz Latino-Americano”, "Medo de Avião, "A Palo Seco",
"Sujeito de Sorte", esta última, ganhou notoriedade novamente durante
a pandemia por conta do verso "... ano passado eu morri mas este ano eu
não morro...".
Belchior também imortalizou
muitos sucessos nas vozes de grandes intérpretes, como Elis Regina
("Mucuripe" "Como Nossos Pais", "Velha Roupa
Colorida").
Com sua inconfundível voz, foi
cantador de feira e repentista na infância. Estudou piano, línguas, filosofia.
No final da década de 1960, participa de festivais de música no Nordeste.
Abandona o curso de medicina em Fortaleza e vai se juntar aos novos (e futuros
famosos)músicos cearenses Ednardo e Fagner em apresentações no rádio e na
televisão.
Belchior parte para o Rio de
Janeiro em 1971, onde vence o 4º Festival Universitário de Música Popular
Brasileira com a canção “Na Hora do Almoço” e lança o primeiro disco. No ano
seguinte, “Mucuripe”, em parceria com Fagner, estoura nacionalmente na voz de
Elis Regina. Em seguida, Belchior, finalmente conhece o sucesso nacional com o
álbum Alucinação (1976), disco que traz inúmeros hits como “Apenas um Rapaz
Latino-Americano”, “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”. Daí em diante
prosseguiu com uma carreira de sucesso e tornou-se um dos garndes ícones da
MPB.
Em 2008 Belchior deixou de fazer
shows e abandonou seus bens pessoais em São Paulo. Enfrentou processos e, sem
dinheiro, o cantor foi para o Rio Grande do Sul, onde morou em hotéis, casas de
fãs e em uma instituição de caridade.
Em 2009 a mídia divulgou seu
suposto desaparecimento, mas o cantor concedeu entrevista ao programa Fantástico,
da Rede Globo, declarando que não havia desaparecido e que estava preparando um
disco de canções inéditas, além do lançamento de todas as suas canções em
espanhol.
Em 2012 Belchior novamente
desapareceu, desta vez no Uruguai. Deixou para trás uma dívida em diárias, além
de objetos pessoais. Ao ser identificado passeando por Porto Alegre afirmou que
as notícias sobre a dívida no Uruguai não seriam verdadeiras.
Belchior morreu em 30 de abril de
2017, aos 70 anos, na cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul por
conta da ruptura de um aneurisma.
SERVIÇO:
Sandra Pêra em Belchior
Local: CLUBE DO CHORO DE BRASÍLIA
Abertura da casa: 19h
Horário do show: 20h30
Data: 15 de março de 2024
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 80 minutos aproximadamente
Acessibilidade: LIBRAS,
audiodescrição, acesso PCD, monitor de neurodiversidade
Ingressos: 50,00 (inteira), 25,00 (meia)
e 39,00 (vale cultura)
Informações: 61 3226.3969 / 61
99956.7368
Vendas: Bilheteria Digital ou bilheteria física no Clube do
Choro
https://www.bilheteriadigital.

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